Uma das piores coisas do mundo contemporâneo é o maniqueísmo que define
os rumos da opinião pública. Ele forja expressões como "bandido bom é
bandido morto", "pobre é ignorante" e "torcida organizada é
antro de vagabundo", expressões que só fariam sentido se a realidade em
nosso país (e por que não em nosso mundo?) fosse simplória.
Bem, escrevo isso para comentar o vídeo absurdo que mostra policiais
militares agredindo uma menina de 18 anos antes da partida entre Vasco da Gama e
Curitiba. Ela participava de pasmem uma manifestação batizada de
"Caminhada pela paz" em homenagem a torcedores mortos recentemente. Parte
da agressão foi filmada por uma torcedora e postada no Youtube.
A denuncia ganhou eco no G1 em reportagem de Fernando Castro. No vídeo é
possível ver um policial batendo a cabeça da jovem contra um portão de ferro.
Segundo relato da fotógrafa Ana Paula Ribeiro ao G1, os policiais chutavam
pessoas que andavam devagar e ficaram incomodados com a presença de câmeras. A
torcedora agredida pretende levar o caso à justiça. Vejam o vídeo abaixo e
tirem suas próprias conclusões:
Prática comum
Devo ressaltar que esse tipo de postura de agentes do poder público
(pagos para proteger e não agredir ou ameaçar está longe de ser algo raro).
Quem frequenta estádios pelo Brasil já deve ter percebido que o torcedor
organizado ou não está longe de receber tratamento vip. Não estou dizendo
que membros de torcidas organizadas são anjinhos ou que policiais militares são
demônios... Apenas reitero que a situação é mais complexa do que parece. Fica o
convite para reflexão.
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