Página Correio Esportes

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Marcelinho perde patrocínio após se encontrar com Bolsonaro

O banco que patrocina o clube retirou o ex-jogador do posto de embaixador da marca.

O ex-jogador Marcelinho Carioca perdeu um patrocínio após se reunir, nesta quarta-feira 29 de julho, com o presidente Jair Bolsonaro. No encontro, eles usaram a nova camisa do Corinthians, clube rival do Palmeiras, time pelo qual Bolsonaro torce.

A reunião se tornou um dos assuntos mais comentados das redes sociais e foi alvo de críticas até do comentarista Walter Casagrande, que, sem citar nomes, repreendeu a postura do ex-jogador corintiano.

Isso aqui é a democracia corinthiana - foto reprodução

“Eu cheguei em 1975 nesse clube aqui, no Corinthians, comecei minha vida lá, corintiano de garoto, cheguei para jogar no dente de leite, nas categorias de base do Corinthians. Em 1979, a torcida do Corinthians abriu uma faixa no Pacaembu dizendo ‘anistia para os presos políticos e exilados políticos’. Em 1982, 1983, até 1985 essa camisa aqui era da democracia corintiana, essa camisa representa liberdade, representa democracia, e nenhum ex-jogador tem o direito de representar o clube politicamente. Eu também não tenho. Isso aqui é democracia. Isso aqui sempre foi democracia”, disse Casagrande.

“Nação

De acordo com uma revista de circulação nacional, o encontro também gerou constrangimento na diretoria do Corinthians e no banco BMG, seu patrocinador. O clube se apressou em dizer que não tinha qualquer relação com o encontro. “O Sport Club Corinthians Paulista torna público que não teve qualquer participação na iniciativa do ex-jogador Marcelinho Carioca, em Brasília. A entrega da camiseta nesta quarta, na Presidência da República, foi uma ação única e exclusiva do ex-atleta”.

Fonte: Ler Agora.

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Esporte pela Democracia convida para live: “Parem de matar nossos filhos”

Um debate imprescindível e urgente com Mães brasileiras de meninos indígenas e negros sobre a violência que lhes tirou os próprios filhos. No sábado 08 de agosto, a partir das 20h30, no www.facebook.com/esportedemocracia

A apresentação será de Walter Casagrande Jr., ex-jogador de futebol, participante da Democracia Corintiana e comentador da TV. A mediação será feita por Isabel Salgado, mãe, ex-jogadora e treinadora de vôlei.

Participantes: NYG KAINGANG - Estudante de Serviço Social/UFPR, pesquisadora indígena pelo Programa de Educação Tutorial/PET Indígena/UFPR, Membro Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e colaboradora Rede de Juventude Indígena (REJUIND); WAKREWA KRENAK, mãe Indígena. Educadora e Bióloga; ELAINE MINEIRO, mãe da Malu. Articuladora de Núcleo de Base da UNEAFRO, Geógrafa, integrante da Comunidade do Jongo dos Guaianás e do Fórum de Cultura da Zona Leste; CARMEM SILVA, mãe da Preta Ferreira. Liderança do MSTC, Conselheira Municipal e Estadual de Habitação, Ativista pelo direito à cidade; ANA DIAS, mãe da periferia da Zona Sul de São Paulo nos anos 70. Ana é esposa do líder da pastoral operária Santo Dias que foi assassinado em 1979, e participante do Movimento Contra o Custo de Vida; DONA MARINETE, mãe da Marielle Franco; DÉBORA SILVA – Coordenadora do Movimento Mães de Maio, Pesquisadora do Centro de Arqueologia e Antropologia Forense da UNIFESP, Educadora Popular; DONA JACIRA, mãe de Leandro, Evandro, Katiane, Katia. Avó de Emicida e Fióti, detentora de tecnologias vindas de processo civilizatório ancestral pautado nos saberes e fazeres dos quintais periféricos.

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terça-feira, 28 de julho de 2020

Contestado: Sua História, Suas Riquezas!


Nesta quinta-feira, dia 30 de julho, às 19h00MIN, vamos debater ao vivo com pesquisadores, educadores populares e especialistas, a Guerra do Contestado. O conflito, as injustiças e as marcas, no passado e no presente. A religiosidade, a cultura e a civilização cabocla e toda riqueza de um povo.
Também teremos a participação especial de Alesio dos Passos, falando sobre as plantas que os monges João Maria e os caboclos da região utilizavam.

Serviço:
Quando? QUINTA-FEIRA, 30 DE JULHO;
Horas? 19H00MIN;



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Contestado: uma guerra de classes

Acabo de ler “Guerra do Contestado: A Organização da Irmandade Cabocla”, da professora Marli Auras, publicado pela Editora da UFSC, há quase quarenta anos. Seguramente, o primeiro livro da historiografia catarinense que analisa este grande conflito (1912-1916) por meio do referencial teórico-metodológico gramsciano, utilizando os conceitos de ideologia, de hegemonia, de pedagogia.
A obra é fundamental para entender esta guerra de classe, que o oficialismo quando não logrou esconder, tentou mostrar ser apenas uma disputa territorial entre dois Estados da União. Historiadores de plantão, adeptos do “intimismo à sombra do poder”, se prestaram a jogar tanta tinta fora, caracterizando uma luta de classes como se fosse um conflito religioso, ou um levante de fanáticos, ou um ataque de jagunços. “Optei”, diz Auras, “por trabalhar o Contestado reconstruindo a história dos vencidos”.
Marli mostra que a construção de uma estrada de ferro, entre a vila de São Pedro do Itararé (SP) e a vila de Santa Maria da Boca do Monte (RS), traz no seu bojo a modernidade capitalista, com toda a sua barbárie. A penetração do capital estrangeiro transforma a terra da condição de bem de uso para a de mercadoria. Os trilhos que rasgam a floresta destroem o modo de produção camponês, obrigando os sertanejos a se refugiarem nos redutos – as Cidades Santas –, nos quais, “quem tem, mói; quem não tem, mói também, e no final, todos ficarão iguais”. Uma versão atualizada dos “Atos dos Apóstolos” que afirma que tudo era posto em comum entre os cristãos, não havendo necessitados entre eles. Mesmo assim, a Igreja Católica, na figura de frei Rogério, os condena e passa a apoiar as tropas republicanas, chegando a dizer missa para os soldados fardados.
As Cidades Santas foram uma experiência de vida em comum, tanto que habitar no reduto era muito melhor que estar fora dele. Ali não entram as leis capitalistas, mas as comunitárias. São irmandades, nas quais os valores prevalecentes eram a igualdade, a fraternidade, a escolha dos dirigentes pelo consenso do grupo, e a supressão da propriedade privada. Dai a razão da queima dos cartórios e da derrubada das cercas.
O sertanejo, “antes de tudo um forte”, defende a Monarquia – a “lei de Deus” - e ataca a República - “a lei do Diabo” -,  porque esta representa o poder dos coronéis, o domínio da estrada de ferro da Lumber, a exploração comercial da madeira, a institucionalização da propriedade privada, a influência da Igreja Católica, os privilégios dos imigrantes europeus. A razão da rejeição republicana não está na forma de governo, mas no trato dado pelos governantes.
As Cidades Santas se organizam em torno de lideranças que vão se sucedendo na medida em que vão morrendo, tendo o cuidado de debater em conselhos as ordens recebidas dos monges desaparecidos, antes de passá-las ao povo. Portanto, de cima só vinha aquilo que de baixo se pedia. Era o “mandar obedecendo”, dos indígenas de Chiapas. Na realidade, o povo sem-terra, sem renda, sem perspectiva, refugia-se no messianismo, sem perder a dimensão da luta do explorado contra o explorador.
O solo do Meio-Oeste catarinense, ensopado pelo sangue caboclo, vivenciou verdadeiras cenas de horror, praticadas pelo Estado brasileiro na defesa dos interesses oligárquicos nacionais e imperialistas internacionais. Mais da metade do exército republicano participou deste massacre, utilizando-se de armamento pesado e de operações que envolveram o pioneirismo da aviação militar brasileira. Uma vez derrotados, muitos sertanejos foram fuzilados; outros aprisionados e retirados paulatinamente das cadeias para serem degolados ao longo dos caminhos, com seus corpos insepultos; outros ainda presos em campos de concentração; grande número levado para trabalho compulsório nas fazendas da região. A soma dos mortos aponta para 8.000, na sua grande maioria de camponeses. É um povo que ainda dorme o seu cansaço de raça vencida.
Os nomes de alguns líderes camponeses – como os de João Maria, José Maria, Maria Rosa, Adeodato – mostram uma coerência interna dentro do movimento, passando aos caboclos o que necessitam ouvir e fazer; já,  em contraposição, gente como o coronel João Gualberto, o general Mesquita, o capitão Matos Costa, o general Setembrino, são todos militares manchados de sangue que infelizmente, hoje, dão nomes à ruas, à avenidas, à praças, à cidades. Espero que o revisionismo histórico que vem derrubando estátuas e renomeando monumentos mundo afora, chegue ao Planalto Catarinense e a memória dos vencidos se levante. Que os Cruzeiros e as Fontes de Água, onde segundo a tradição “pousou” o monge João Maria, sejam símbolos levantados, respeitados, guardados.
“Os sertanejos”, diz Marli, “foram sujeitos da história ao construírem a irmandade, seu inequívoco manifesto de rejeição à ordem capitalista em curso. A irmandade, entretanto, ao demonstrar ser francamente insuficiente para vencer essa ordem em constituição, foi esmagada por ela, pela intermediação de cerca da metade do Exército da República Velha, deslocado, na época, para o interior da área contestada” (p. 170).
Um livro que deve ser lido, pois trata de gente de sertão adentro. (Marli Auras. “Guerra do Contestado: A Organização da Irmandade Cabocla. Editora da UFSC/Editora Cortez/Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 1984, 204 páginas). Obs: O livro se encontra na 3ª edição.

Por Waldir Rampinelli – publicada originalmente no IELA.
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Paulo Freire pode substituir nome de racista na Universidade Columbia, nos EUA

A ideia é que o educador brasileiro dê nome ao prédio da Faculdade de Educação!
Paulo Freire o Andarilho da Utopia - foto IPF
Enquanto no Brasil, o nome de Paulo Freire, patrono da educação, tem sido contestado oficialmente, no Teachers College (TC), a Faculdade de Educação da Universidade Columbia, em Nova York, nos Estados Unidos, o nome de Paulo Freire pode vir a nomear o prédio Thorndike Hall – que homenageia Edward Thorndike, um psicólogo cuja obra demonstra ideias racistas, machistas, anti-semitas e eugênicas.
Columbia é uma das mais prestigiadas universidades do mundo, tendo entre seus ex-alunos presidentes americanos como Theodore Roosevelt e Barack Obama.
Para a renomeação virar realidade, alunos e professores da Faculdade de Educação lançaram uma carta direcionada ao conselho de diretores do Teachers College para pressionar que Paulo Freire seja o nome escolhido para substituir Edward Thorndike. No documento, afirmam que o próximo homenageado precisa expressar com compromissos da universidade.
Reforçam, nesse sentido, que as lições de Paulo Freire se coadunam com um dos princípios fundadores do Teachers College, que é “fornecer um novo tipo de educação para os mais desfavorecidos, dedicado a ajudá-los a melhorar a qualidade de suas vidas cotidianas”. Assim, defendem que “a pedagogia promovida por Freire está intimamente alinhada com a missão da universidade: promover a equidade e a excelência na educação e superar a lacuna no acesso e desempenho educacional”.
Para Ana Maria Araújo Freire, viúva de Paulo Freire, conhecida como Nita, o nome de Paulo Freire condensa tudo aquilo pelo o que trabalho a vida inteira “por autonomia, libertação, tolerância, respeito e dignificação do outro. É um homem que propôs uma redenção deste mundo de ódio, querendo que todos nós sejamos pares um do outro, com suas diferenças, consensos e dissensos, mas que não seja um mundo tão cruel como está sendo agora”.
Segundo ela, a renomeação do prédio é mais um dos capítulos do movimento de derrubada de estátuas de escravocratas pelo mundo, como de Cristóvão Colombo, em Baltimore, nos Estados Unidos, e Edward Colston, em Bristol, na Inglaterra. Para Nita Freire, a mudança de nome também reflete esse desejo de passar a homenagear nomes que melhoraram a sociedade.
“Acho que está havendo uma revisão no mundo inteiro disso: de não se homenagear homens que, em vez de melhorar, enfeiaram a sociedade. Esses homens não podem continuar como líderes, patronos a serem seguidos”, afirma Freire, que também é é doutora em educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Hoje, o nome de Paulo Freire ganhar espaço na Universidade Columbia significa reforçar as suas ideias, que atualmente representam “a grande possibilidade de o Brasil sair dessa decadência, desse obscurantismo e é por isso que eles (governo Bolsonaro) têm tanto ódio” de Paulo Freire. Em dezembro de 2019, ao sair do Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro chamou o educador de “energúmeno”.
Um mês antes, o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que “Paulo Freire é um vodu sem comprovação científica” e ameaçou retirar o mural do patrono brasileiro do Ministério da Educação. Leia a carta na íntegra CLICANDO AQUI.

Fonte: Brasil de Fato

Por Caroline Oliveira - Brasil de Fato | São Paulo (SP).
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Cerimônia do COI celebra um ano para a abertura dos Jogos de Tóquio

O Estádio Olímpico de Tóquio (Japão) foi palco de uma cerimônia para marcar a data de um ano para a abertura dos Jogos Olímpicos. O evento, organizado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), foi transmitido online pelas redes sociais do COI. A celebração passou uma mensagem de otimismo neste momento em que o mundo atravessa uma grave crise, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
O alemão Thomas Bach, presidente do COI, não compareceu ao evento, mas se fez um pronunciamento no site oficial dos Jogos. "Com apenas um ano até a Olimpíada, ainda temos um desafio gigante à nossa frente. Concordamos que precisamos adaptar os nossos planos para readequar os Jogos à realidade de crise global. O importante, porém, é mantermos o espírito de união que define a nossa missão", disse.
Atleta Rikako Ikkee - Estádio Olimpico de Toquio, foto: Shugo Takemi 
O dirigente fez questão de agradecer aos parceiros locais - comandados pelo primeiro-ministro Shinzo Abe, por Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador dos Jogos, e pela governadora de Tóquio Yuriko Koike -, aos atletas, às federações, aos comitês olímpicos nacionais e demais parceiros. "Sem o apoio de todos, o Comitê não poderia ter tomado essa decisão histórica conjunta de adiar os Jogos. Estou profundamente impressionado e agradecido pelo extraordinário progresso já percorrido desde a decisão do adiamento. Estamos trabalhando para otimizar as operações e serviços sem tocar em esportes e atletas. Dessa forma, podemos, juntamente com o Comitê Organizador, transformar esses Jogos Olímpicos de Tóquio em uma celebração sem precedentes da unidade e solidariedade da humanidade, tornando-os um símbolo de resiliência e esperança. Mostrando que somos mais fortes juntos".
Na abertura do evento no Estádio Olímpico da capital japonesa, a nadadora Rikako Ikee apareceu com a chama olímpica. A atleta, de 20 anos, é muito conhecida no Japão e tem seis medalhas de ouro nos Jogos Asiáticos. Diagnosticada em fevereiro do ano passado com leucemia, ela fez um agradecimento emocionante aos profissionais de saúde que estão trabalhando ao redor do mundo para salvar pessoas da covid-19, e comparou a luta dela pela vida com o trabalho dos organizadores dos Jogos.
"Era meu sonho estar nesses Jogos. (...) O que me fez continuar em frente foi o apoio de doutores, enfermeiros e profissionais de saúde. Eu entendi a importância e dificuldade do trabalho deles. Agora, esses profissionais estão enfrentando um novo inimigo: a Covid-19. Eu não posso agradecê-los o suficiente pelo que vêm fazendo. Obrigada. 2020 vem sendo um ano extraordinário. Através desta experiência, eu aprendi que o esporte é mais do que apenas os atletas. Tem a ver com diversas pessoas que fazem o esporte acontecer. Imaginar como o mundo estará daqui a um ano? Como será lindo ver os Jogos acontecendo aqui? Espero, sinceramente, que o mundo possa voltar ao normal o mais cedo possível”.
Durante a cerimônia, foi veiculado um vídeo com imagens históricas de atletas olímpicos, junto as seguintes mensagens: “juntos estaremos mais fortes" e “os Jogos Olímpicos serão uma oportunidade de celebrar a superação da humanidade". Vários pontos da cidade de Tóquio foram decorados para lembrar a data de abertura dos Jogos ano que vem. A capital japonesa também ganhou vários cronômetros para a contagem regressiva dos 365 dias restantes até a abertura da Olimpíada.

Fonte: Agência Brasil
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