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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Projeto Artesanato Cidadão recebe doações e melhorias!

Na ultima semana o Projeto Artesanato Cidadão, desenvolvido desde junho de 2010 pela APAFEC (Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular), recebeu doações de matéria prima para produção de diversos artesanatos, as doações foram realizadas pela Fundação Nova Vida. Os encaminhamentos das doações ficaram a cargo do amigo da APAFEC, Mário Henrique Vicente advogado fraiburguense radicado em Florianópolis.

Alguns dos produtos recebidos 
A Fundação Vida Nova, doou os seguintes produtos: dez novelos de linha para crochê, dois pacotes de agulhas de vagonite, doze cones de barbantes para crochê, duas agulhas de crochê, duas fitas métricas, oito pacotes de fitas para toalhas, onze rolos de fita para decoração, onze vidros de tinta para tecido, seis cones de linha branca, seis cones de linha preta, sete pacotes de barras para toalhas, sete pincéis para pintura em tecido, três rolos de barras viés para tolhas, três vidros de tinta auto relevo, um rolo de pano de prato, um rolo de tolha de banho, um rolo toalha de rosto, uma tesoura e vinte e quatro novelos de lã 

Integrantes do projeto
Além disso, o Projeto Artesanato Cidadão passou a contar com dois novos armários grandes (adquiridos com recursos próprios da entidade) para acondicionar matérias primas e os artesanatos produzidos pelo grupo de 18 mulheres e meninas, que se encontram todas as quintas-feiras das 19h00min às 21h30min no Dojô Cidadão Futuro, bairro São Miguel. Mais informações sobre o projeto ligue: (0**49) 8414 – 9658 com Fabiane e (0**49) 9805 – 9512 com Mariza, ambas da coordenação da entidade e do projeto.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Semana Social Brasileira estadual propõe aprimoramento da democracia e reparações de crimes contra o povo


A exigência de que Santa Catarina, Paraná e a União reconheçam os crimes cometidos na Guerra do Contestado (1912-1916), a luta pelo “bem-viver” e pela ampliação da participação popular nos poderes estatais, são três compromissos expressados na Carta da 5a Semana Social Brasileira de Santa Catarina (SSB/SC). O documento foi divulgado no final do evento, em 08 de setembro, na localidade de Taquaruçu, no interior de Fraiburgo.

Também foram definidas 45 bandeiras de lutas, propostas por 14 grupos temáticos, que discutiram assuntos específicos, como comunicação, gênero, religião e questão indígena. Algumas das propostas são: unificar as agendas a fim de fortalecer as lutas dos movimentos sociais, incentivo à produção de produtos orgânicos e agroecológicos, fortalecer a luta contra a redução da maioridade penal, defender ocupações urbanas organizadas na luta por moradia urbana, criar uma rede de comunicação popular.

Reflexões
Os três assessores destacaram pontos que consideraram estratégicos em relação às bandeiras de luta e dos compromissos assumidos.

O juiz aposentado do Tribunal de Justiça do Maranhão, Luís Jorge Silva Moreno observou a necessidade dos movimentos e pastorais atuarem “com perícia” nas questões de Estado.

— Não dá para a gente ficar lutando por uma coisa que a gente desconhece — alertou.

Moreno sugeriu a criação de metodologia que dê sequência para a 5a SSB/SC e que resulte em julgamento no tribunal para responsabilizar o Estado por crimes cometidos contra o povo.

O professor de história, da Universidade Federal de Santa Catarina, Paulo Pinheiro Machado, analisou que as discussões da Semana Social são a atualização das demandas da “luta e da esperança do povo do Contestado”. Eles lutavam pela instalação da “monarquia celeste: um regime que defendia a liberdade, a natureza, a solidariedade e a justiça. São princípios, pelos quais, nós continuamos, hoje, lutando com outros nomes e com outras palavras”, acrescentou.

Como um caminho para bem-viver, padre alemão Paulo Suess, do Conselho Indigenista Missionário, apontou como um horizonte de luta o que conquistaram os indígenas da província de Chiapas, no México. “Lá tem um letreiro, quem sabe um dia vai estar escrito aqui também: Aqui o povo manda, e o governo obedece”, citou.

Celebração
A celebração de enceramento relembrou a primeira romaria da terra catarinense e o massacre da primeira “Cidade Santa” do Contestado. Os participantes caminharam até o local em que aconteceram os dois eventos, levando uma cruz de cedro.

A romaria, reuniu a inesperada multidão 25 mil pessoas, em 1986, e exigiu uma mobilização de água e comida jamais vista na comunidade.

— Daquele dia em diante, nós não somos mais os mesmos. Entendemos que para garantir nossos direitos precisamos nos unir, se organizar e lutar — relatou Edison de Lorenzi, líder comunitário e dono da propriedade em que foi plantada a primeira Cruz de Cedro, cujo broto cresceu por vários anos.

A jovem Roberta Francisca, “Chica Pelega”, líder guerreira dos caboclos e cuidadora dos doentes, foi representada para lembrar a luta pela vida, ainda não terminada. Ela morreu queimada com as crianças, ao tentar refugiar-se dentro da Igreja, durante o bombardeiro feito pelas tropas do governo federal, em 1914. O ataque dizimou a população estimada em três mil pessoas.

A celebração continuou ao lado da capela da comunidade, em terreno doado pelos caboclos sobreviventes da guerra. Na homilia, o bispo de Caçador, dom Severino Clasen, pediu que as organizações saiam de “seus pacotinhos” e se unam pela justiça social.

— Voltem com mais coragem, mais comprometidos, mais sensibilizados, de que vale à pena, revestidos dos sentimentos de Jesus, ser discípulos Dele para transformar. Essa transformação já podemos ver nesse mundo, em nossos lugares, aqui e ali, os sinais do Reino de Deus acontecendo. É possível, se nós erguermos a cabeça e dermos continuidade a toda reflexão construída nestes dias — concluiu dom Clasen.

Uma nova cruz de cedro, foi plantada ao lado do museu mantido pela comunidade. A cruz permanecerá como uma memória “da resistência na luta para uma nova sociedade”, como destacou a equipe da celebração.


Novamente, como em 1986, a partilha de alimentos resultou em excedente, que foi doado a um acampamento indígena, em Fraiburgo e outro do MST, em Lebon Régis.

A etapa catarinense da 5ª Semana Social Brasileira, discutiu o tema “Estado para que e para quem?” entre os dias 06 e 08 de setembro, em Taquaruçu, no interior de Fraiburgo, com cerca de 500 representantes movimentos sociais, pastorais, organismos da Igreja, além de alunos e professores de universidades federais.

Campanha a Importância do Ato de Ler - Biblioteca Comunitária Alisson Zonta


Carta de Taquaruçu – 5ª Semana Social Brasileira

Publico presente na 5ª Semana Social Brasileira
Os participantes da Etapa Estadual Catarinense da 5ª Semana Social Brasileira, reunidos no Taquaruçu (Fraiburgo – SC), nos dias 6, 7 e 8 de setembro de 2013, refletindo sobre a experiência de vida, a cultura, as lutas e as esperanças dos sertanejos que lutaram na Guerra do Contestado, considerando a permanência e agravamento de muitos problemas que desde aquela época continuam infelicitando a nossa população, conclamam a opinião pública e o conjunto da população catarinense, os movimentos sociais rurais e urbanos, os indígenas, os cafuzos, pescadores artesanais, a juventude, os sindicatos, as religiosas e religiosos, as Igrejas para que coloquem em pauta os seguintes compromissos:

Lutar pelo Bem-Viver, através da democratização da água e da terra, no campo e na cidade. Pela efetiva Reforma Agrária, pela demarcação das terras das Comunidades Tradicionais, Indígenas, Quilombolas; e na defesa dos rios e riachos contra a indústria das hidrelétricas e a degradação ambiental; Fortalecer a economia solidária e a agroecologia;

Lutar pela participação popular, com o controle social, em todas as instâncias de poder, compreendendo não apenas o Executivo, Legislativo e Judiciário, mas os meios de comunicação, transformando o poder centralizador, patrimonialista e opressor em esferas de diálogo e participação ativa da população;

Os estados de Santa Catarina, do Paraná e a União Federal devem reconhecer os crimes cometidos sobre a população do Contestado e desenvolver políticas públicas de reparação que tenham como alvo a melhoria das condições de vida – da população que possui Índices de Desenvolvimento Humano mais baixos - e que sejam implementadas de forma dialogada com a população envolvida.


Os Participantes da 5ª. Semana Social Brasileira em Santa Catarina “Estado para que e para quem?” Cidade Santa de Taquaruçu, 8 de setembro de 2013.

domingo, 8 de setembro de 2013

Urgente quem gosta de esportes deve ficar atento!

Atenção sociedade brasileira, fãs dos esportes, educadores físicos, educadores em geral e profissionais da saúde: compartilhem essa mensagem para pressionar os deputados e senadores precisam fazer a parte deles.

Essa semana a bola está com os parlamentares federais entre os dias 09 e 12/09 será votada à Medida Provisória do Esporte. Com a nossa pressão e vigilância, podemos conquistar avanços históricos na gestão esportiva brasileira, com a aprovação dessa Medida Provisória, a Lei 9615/1998, batizada de Lei Pelé, sofrerá mudanças significativas


A emenda estabelece, por exemplo, a possibilidade de remuneração de dirigentes, mas também limitação dos mandatos de presidentes e dirigentes de entidades do Sistema Nacional de Esporte. Os mandatos teriam uma duração máxima de quatro anos, permitida apenas uma única reeleição.

A emenda exige ainda a transparência dos atos administrativos, em especial com os dados econômicos, contratos, patrocinadores, direitos de imagem, propriedade intelectual e quaisquer outros aspectos da gestão. Aos atletas também é assegurada a participação na direção e no processo eleitoral das entidades, além de garantia de representação das modalidades esportivas no âmbito dos órgãos e conselhos técnicos incumbidos da aprovação dos regulamentos das competições.

UDESC sediará Jornada de Pesquisa sobre o Contestado

Entre os dias 19 e 20 de setembro de 2013, acontecerá a Jornada de Pesquisa sobre o Movimento do Contestado. O evento ocorrerá na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC - Campus Itacorubi, Florianópolis) e tem como objetivo promover o encontro dos pesquisadores, para refletir sobre os rumos de pesquisas e traçar novas metas de trabalho sobre o Contestado.


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