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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Começa hoje (23/10) no Brasil o Encontro Panamericano de Jogos e Esportes Autóctones e Tradicionais

Várias crianças e adolescentes com os avanços tecnológicos conhecem pouco ou ainda não tiveram contato com jogos que foram importantes na formação de outras gerações. É consenso entre educadores físicos e pedagogos que os jogos e brincadeiras possuem estreita relação com a construção da consciência corporal e cognitiva, por isso, os mesmo devem ser estimulados na infância e adolescência.
Porém, as atividades lúdicas têm sido cada vez mais deixadas de lado, por isso, com a intenção de resgatar os jogos tradicionais e valorizar a cultura dos povos autóctones, acontece de 23 a 25 de outubro em Palmas no Tocantins, o 3º Encontro Panamericano de Jogos e Esportes Autóctones e Tradicionais.
O auditório do Centro Universitário Integrado de Ciência e Arte (CUICA) e o Centro de Tradições Gaúchas Nova Querência em Palmas (CTG) serão os palcos para as reuniões, palestras e plenárias. O evento foi programado e organizado pela Universidade Federal de Santa Maria em parceria com a Universidade Federal do Tocantins e com Associação Pan-Americana de Jogos e Esportes Autóctones e Tradicionais.
Argentina, Chile, Colômbia, Guadalupe, Haiti, Honduras, México, Panamá e Peru, são alguns dos países que enviaram representantes para o encontro, também estão presentes representantes de 21 estados brasileiros.
Segundo Emerson Souza, representante da Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular (APAFEC), na noite de ontem (22/10) aconteceu à primeira reunião de trabalho para repasse de informações sobre as ações que serão desenvolvidas durante o encontro.
De acordo com uma das organizadoras do evento, a professora Elizara Carolina, o encontro é um movimento mundial para reconhecer a importância dos jogos tradicionais dos diferentes povos. Por isso participam pesquisadores de diversas Universidades do país, representantes de Associações e de Museus ligados aos Jogos Tradicionais, bem como, jogadores.


Histórico
Esta é a primeira vez que o evento acontece no Brasil e o Tocantins foi escolhido por já receber uma grande quantidade de turistas neste período, em virtude dos Jogos Indígenas que acontece em paralelo. O primeiro encontro ocorreu no México na cidade de Veracruz, em julho de 2012, com a participação de quatro países (representantes do país sede, do Brasil, da Guatemala, de Honduras e dos Estados Unidos). A segunda edição foi realizada no período de 4 a 8 de maio de 2013, em Honduras/São Marcos, reunindo oito países (representantes do país sede, da Argentina, do Brasil, do Chile, da Guatemala, do México, do Panamá e da Nicarágua).

Objetivos

Formar uma rede de diálogo continental em tornos dos jogos tradicionais; estimular a criação de Associações Nacionais de Jogos Tradicionais nos diferentes países da América; dar visibilidade e angariar o reconhecimento dos jogos como manifestação lúdica da humanidade, entre outros.

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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Biblioteca Comunitária Alisson Zonta recebe estagiários do IFC Fraiburgo

Teve inicio nesta segunda-feira (19/10) o estágio de estudantes do Instituto Federal Catarinense – Campus de Fraiburgo, o convênio foi assinado no mês de julho e proporcionará 03 vagas de estágio por ano a estudantes do IFC Fraiburgo nos projetos e ações sociais desenvolvidas pela Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular (APAFEC) nos próximos 05 anos.
A Biblioteca Comunitária Alisson Zonta é mantida e organizada pela Apafec e pela Associação Hayashi-ha Vital Fraiburgo de Karatê-dô, foi inaugurada em no dia 17 de mio de 2013, e esta instalada em uma sala em anexo ao Dojô Cidadão do Futuro localizado na rua Angelim Grigolo s/n°, bairro São Miguel.
Os estagiários serão os estudantes Jocemir de Souza Belusso e Richard Bruno Zilli, e farão a organização, cadastro e digitalização do acervo da biblioteca. Os estagiários estarão à disposição da biblioteca de segunda a sexta-feira das 7h30min as 11h00min, horário que a Biblioteca Comunitária Alisson Zonta estará aberta para visitação e leitura.
Os interessados em conhecer, doar livros e outros materiais a serem utilizados na Biblioteca Comunitária Alisson Zonta, podem fazer contatos pelos fones: (0**49) 9113 – 2959 com Luiz Coelho e (0**49) 9931 – 6598 com Jilson.


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PJMP, PJR e Apafec fazem denúncia coletiva!

Jovens da PJR/PJMP e Apafec presentes no 1º Congresso do MPA exigem
demarcação de terras indigenas 
“Talvez um dia, não mais existam aramados, e nem cancelas, nos limites da fronteira. Talvez um dia milhões de vozes se erguerão, numa só voz, desde o mar as cordilheiras. A mão do índio, explorado, aniquilado, do Camponês, mãos calejadas, e sem-terra, do peão rude que humilde anda changueando, e dos jovens, que sem saber morrem nas guerras”.
Ao recordar esta canção que tão bem retrata o desejo de justiça por tantos que tombaram lutando por seu pedaço de chão, o coletivo da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP), Pastoral da Juventude Rural (PJR), Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular (APAFEC), com toda autonomia em defesa dos povos originários, levantaram um cartaz durante a realização do I Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), que aconteceu em São Paulo de 12 a 16 de outubro, com o seguinte dizer: “Dilma! Cadê a demarcação das terras indígenas”? Referindo-se a passagem da presidente durante o congresso.
Para o coletivo, exigir a demarcação das terras indígenas se tornou uma luta constante pela vida dos povos, uma vez que, estes têm sofrido constantes ataques por parte das milícias ruralistas. Embora os confrontos sejam históricos, o coletivo entende que ‘quase’ nenhuma proteção tem sido dada aos indígenas. A morte do índio Semião Vilhalva, indígena de 24 anos, assassinato no Mato Grosso do Sul, em uma das áreas retomadas na Terra Indígena Ñanderu Marangatu onde famílias Guarani e Kaiowá precisaram deixar suas moradias após o local ser invadido por pistoleiros e fazendeiros, é muito presente.
O coletivo também entende que o cartaz exigindo a demarcação das terras é um símbolo importante, considerando que a atuação dos deputados na comissão especial da PEC 215 é uma afronta ao passado, ao presente, ao futuro e a vida dos povos nativos, isso porque, a PEC leva ao congresso nacional a decisão sobre a demarcação das terras indígenas, tira do executivo o poder, dá a possibilidade de revisão de todas as terras indígenas demarcadas historicamente e garante ao congresso as decisões sobre a exploração das terras indígenas bem como seu arrendamento.  Portanto, a zombaria da PEC abre espaço para que a bancada da bala, para que fazendeiros, pistoleiros, façam o extermínio de quem sempre cuidou da terra como mãe. A PJMP, PJR, Apafec, entendeu que na passagem da presidente Dilma, além de ouvir, também seria necessário cobrar o que é de direito do povo e acima de tudo, defender! Defender! defender os irmãos\as violentados, massacrados pelas forças que se mantém sobre a mídia brasileira “secretas”.  

Jovens da PJR/PJMP e Apafec presentes no 1º Congresso do MPA 
exigem o fim do genocídio dos povos indigenas no Brasil
Após essa exigência apontada pelo coletivo na presença de grande parte da mídia burguesa presente no espaço, percebeu-se que esse pedido não foi em vão. Os ataques aos povos indígenas parecem não sessar. Na madrugada de segunda-feira, dia 19 de outubro, “A cacica da comunidade Guarani da Terra Indígena (TI) Morro dos Cavalos, município de Palhoça, em Santa Catarina, sofreu o sexto atentado deste ano. Uma pessoa disparou dez vezes contra a escola e as casas que ficam no seu entorno. Com a arma em uma mão e uma lanterna na outra, o desconhecido cruzou, caminhando, a passarela sobre a BR 101 que corta a terra indígena. Se não bastassem os tiros, gritou palavrões contra os Guaranis e prometeu matar a cacica Kerexu Yxapyry (Eunice Antunes)”.
Portanto, mesmo que essa notícia não tenha sido divulgada a nível de importância, o coletivo seguirá denunciando todas as atrocidades que estão acontecendo com os povos originários, independente de espaço, de autoridade! Entendendo que é tarefa militante defender os povos, fazer luta concreta e principalmente denunciar o inimigo que é o capitalismo representado nas forças evangélicas destacadas no congresso, nos fazendeiros, pistoleiros armados e escondidos atrás de partidos políticos, é que a PJMP, PJR e Apafec se consolida nesta luta coletiva para defender a vida, a natureza, a terra mãe. E assim como fez Sepé Tiarajú, este mesmo coletivo segue reafirmando: “ALTO LÁ, ESSA TERRA TEM DONO”!

Fonte:

Fotos: Richard Bruno Zilli e Claudia Weinman


Texto: Claudia Weinman


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