Página Correio Esportes

sábado, 2 de novembro de 2013

Catadora monta biblioteca com livros retirados do lixo

Catadora Babi Bezerra
No meio de depósitos de lixo espalhados em diferentes bairros de Arapiraca, a catadora de materiais recicláveis, Babilônia Bezerra, Babi, como é carinhosamente conhecido entre os moradores, conseguiu resgatar, desde o início deste ano até agora, 1.980 livros jogados nas ruas e montar uma biblioteca particular em sua humilde residência.

Moradora do Conjunto Valentim, no bairro Canafístula, numa das localidades mais carentes e com altos índices de violência da cidade, Babilônia Bezerra é casada com um pedreiro e mãe de quatro filhas. Ela estudou até os 14 anos de idade e somente concluiu o segundo ano do Ensino Fundamental.

Considerada uma semianalfabeta, a catadora de lixo revela que o amor e o gosto pela leitura podem ultrapassar barreiras sociais e transformar a vida de toda uma comunidade. Para manter o seu ideal, com a coleta de livros perdidos, Babi conta que modificou toda a estrutura de sua casa para armazenar o rico acervo retirado do lixo.

Apenas com a ajuda do marido e das filhas, a catadora de materiais recicláveis catou também no lixo vários guarda-roupas para improvisar a construção da biblioteca e guardar todos os livros. “A casa começou a ficar pequena. Tivemos de retirar as camas e dormir todo mundo em colchões”, relata.

Babi disse que o marido ajudou a construir outra casa, para que a residência mais velha pudesse guardar a biblioteca, permitindo que outros moradores de sua comunidade, principalmente as crianças, tivessem acesso aos livros para adquirir novos conhecimentos.

A catadora lembra ainda do primeiro livro que encontrou no lixo, um exemplar da escritora Ieda Dias, publicado no ano de 1972, da Editora Vigília, e que coincidentemente aborda as experiências criadoras. No acervo da Babi também é possível encontrar obras didáticas, literárias e de escritores famosos como Castro Alves, Machado de Assis, Graciliano Ramos, entre outros.

“Achar livro nas ruas é tarefa fácil, e o melhor lugar é na beira da linha férrea, onde as pessoas jogam lixo e livros que não querem mais usar”, revela a catadora de materiais recicláveis.

Sem condição de ampliar a biblioteca, Babi faz doação de livros.
O espaço da biblioteca é administrado por ela mesma. Algumas pessoas preferem levar as obras para ler em casa, enquanto outros aproveitam o espaço do depósito para colocar a leitura em dia. Babi conta que, por conta da falta de mais espaços em sua casa, ela teve de fazer doações de livros para moradores da comunidade.

Do acervo de 1.980 livros, a catadora de lixo já entregou 1.400 títulos, ficando em sua casa ainda mais de 500 exemplares dos mais variados gêneros literários. Babi explica que conseguiu um emprego em uma escola da rede municipal, e agora tem pouco tempo para procurar livros nas ruas da cidade, mas mesmo assim ainda continua achando exemplares jogados nos depósitos de lixo.

Emocionada, a catadora diz que, mesmo com pouco estudo, os livros ajudaram-na a ler e escrever melhor. “Catar lixo e livros é uma diversão e um prazer para mim. Na adolescência, eu sonhava em ser jornalista ou repórter policial, mas não tive a oportunidade de concluir meus estudos, e o trabalho com os livros usados posso ajudar minhas filhas nas tarefas que as professoras passam para os deveres de casa”, afirma.

Sonho de montar uma biblioteca comunitária
Apesar de ter reduzido seu acervo pessoal, com a doação da maior parte dos livros encontrados nas ruas de Arapiraca, a catadora Babi Bezerra não esconde o sonho de montar uma biblioteca comunitária no Conjunto Valentim.

“Queria ter dinheiro ou ajuda de alguém para bater uma laje e construir um espaço em cima da minha casa para construir uma biblioteca comunitária”, comenta a catadora de lixo e materiais recicláveis.

Com a experiência de ter casado aos 14 anos de idade, deixado de estudar na mesma época e ter trabalhado na lavoura, depois em casas de família como babá e vendedora autônoma, a catadora Babi Bezerra resume o seu amor pelos livros com a seguinte frase: “Você aprende a escrever, mas não escreve sem ler”.

Tomado do Blog:

Siga o blog pelo twitter: @Esportes_Debate

Vem Saci! Termina logo com essa abóbora americana!

Vem Saci, nada de comer a abóbora que nos empurraram. Cultura Brasileira não é mercadoria pra gringo nenhum levar. Aqui nós temos o que cultivar, tem folclore Brasileiro que o capital estrangeiro não ouse explorar. Neste dia 31 de outubro, que o Saci esteja mais presente, pulando, sorrindo, espalhando a cultura enraizada nesta terra de gentes diferentes, de cores múltiplas e de pensamentos de transformação.

Ser Saci é transmitir o encantamento de uma vida transformada, de uma esperança que não morre, de diversos seres que na inquietude, andam pelo mundo a fora em busca da liberdade. Ser Saci é ser rebelde, é ter no peito a indignação constante, de não se deixar calar pelas tratativas fedidas e partidárias que presenciamos nos nossos dias de luta. Eu gosto do Saci, quero filhos e filhas ‘sacis’ para que enfrentem as abóboras lançadas dos que de fora, tentam nos comprar e privatizam nossas riquezas.

Dia das bruxas até pode ser, dia 31 de outubro, mas não só. Eu acredito em bruxas, na sua força e magia, principalmente porque as bruxas são mulheres da luta, que foram queimadas justamente por denunciar o poder e por curar enfermidades com seus benzimentos.

Não acredito é no tal do Hallowenn, que não pertence ao nosso povo, as nossas gentes. Coisa inventada pelo estrangeiro, para que comemorássemos algo que para nós não tem sentido nenhum. Não entendo o porquê nas escolas ainda exigem que os estudantes vistam roupas de bruxas más, de monstros horripilantes. Simplesmente ridículo. É como rebaixar a educação, transformar nossa cultura em algo sem sentido, que não nos representa. Gosto mais é dos Sacis, desses que tem força e que brigam feio quando o assunto é a defesa da sua raiz, da nossa.

Lendo algumas bobagens sobre o tal do Hallowenn, percebi que em Hollywood, por exemplo, vários filmes, entre os quais se destaca a série Halloween, a violência plástica e os assassinatos acabam por criar no espectador um estado de angústia e ansiedade. Muitos desses filmes, apesar das restrições de exibição, acabam sendo vistos por crianças, gerando nelas o medo e uma ideia errônea da realidade. Isso é cultura? É isso que queremos para o nosso país, para a educação?

Considero mais absurdo ainda, a compra de fantasias e apetrechos para ‘comemorar’ essa data sem sentido para nós. A mídia impulsiona, o comércio fatura, e nós automaticamente nos rendemos a uma cultura que não acrescenta em nada o nosso saber, a nossa luta. Portanto, 31 de outubro é dia do Saci e de todos os nossos guerreiros\as do folclore Brasileiro.


Texto publicado originalmente na coluna Oeste de Fato – Por Claudia Weinman.

Siga o blog pelo twitter: @Esportes_Debate

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Estudantes da APAFEC recebem violão

Aconteceu na quarta-feira 30/10, a entrega de violão a sete integrantes da Oficina de Violão da APAFEC (Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular) o evento aconteceu no Dojô Cidadão do Futuro, local onde são realizadas aulas. Cada estudante levará o instrumento para casa e se responsabilizará com os cuidados e manutenção, até dezembro de 2013 quando as oficinas serão encerradas.


Essa iniciativa visa garantir aos educandos que não tinham violão, fazer treinamentos individuais em suas residências entre as aulas que são semanais, permitindo assim uma aceleração no aprendizado. Junto com a entrega dos violões, aconteceu uma aula especial, acompanhada por pais, mães e demais familiares dos 12 participantes da oficina.

As aulas são coordenadas pelo músico Robson Ribeiro da Dual Rock, essa primeira etapa do projeto é uma experiência piloto, o músico e a entidade manifestam interesse em manter as Oficinas de Violão para 2014.


As Oficinas de Violão da APAFEC acontece todas as quartas-feiras no Dojô Cidadão do Futuro, com 12 estudantes divididos em duas turmas, o primeiro horário é das 18h30min às 20h00min e o segundo horário das 20h10min às 21h40min.

Para ver outras fotos clique no link abaixo:


Siga o blog pelo twitter: @Esportes_Debate

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

31 de outubro é dia do Saci!


Enquanto pessoas mundo a fora comemoram no dia 31 de outubro o dia das bruxas de tradição celta, no Brasil este Dia é do Saci, foi criado pela lei federal nº 2.762, de 2003 (apensado ao projeto de lei federal nº 2.479, de 2003), elaborado pelos deputados federais Chico Alencar e Ângela Guadagnin, com o objetivo de resgatar figuras do folclore brasileiro, em contraposição ao “Dia das Bruxas”, ou Halloween.

Anteriormente, leis semelhantes foram aprovadas pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e na Câmara Municipal de São Paulo. O Estado de São Paulo oficializou o dia 31 de outubro como dia do Saci com a Lei nº 11.669, de 13 de janeiro de 2004. Outros dez municípios paulistas, além da capital, já haviam feito o mesmo: São Luiz do Paraitinga (onde a festa dedicada ao Saci dura quase duas semanas), São José do Rio Preto, Guaratinguetá e Embu das Artes. Em municípios de outros estados brasileiros, o dia do Saci foi oficializado em Vitória (Espírito Santo); Poços de Caldas e Uberaba (Minas Gerais); Fortaleza e Independência (Ceará).


O Saci
Para quem não costuma ligar o nome a figura, o saci, também conhecido como saci-pererê, saci-cererê, saci-saçurá e saci-trique, é um personagem bastante conhecido do folclore brasileiro. Tem sua origem presumida entre os indígenas da Região das Missões, no Sul do país, de onde teria se espalhado por todo o território brasileiro.

A figura do Saci surge como um ser brincalhão e gracioso, conforme as versões comuns ao sul. Na Região Norte do Brasil, a mitologia africana o transformou em um negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje. Herdou também, da cultura africana, o pito, uma espécie de cachimbo e, da mitologia europeia, herdou o píleo, um gorrinho vermelho usado pelo lendário trasgo.


Considerado uma figura brincalhona, que se diverte com os animais e pessoas, fazendo pequenas travessuras que criam dificuldades domésticas, ou assustando viajantes noturnos com seus assovios bastante agudos e impossíveis de serem localizados.  Também faz tranças nos rabos de cavalos e vacas, depois de deixá-los cansados com correrias, atrapalha o trabalho das cozinheiras, fazendo-as queimar as comidas, ou ainda, colocando sal nos recipientes de açúcar ou vice-versa. O mito existe pelo menos desde o fim do século XVIII ou começo do XIX.

Siga o blog pelo twitter: @Esportes_Debate

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Membro honorário da AFLA


Fiquei muito feliz em receber o título de Membro Fundador Vitalício da Academia Fraiburguense de Letras e Artes – AFLA, no dia 26/10. Agradeço a AFLA que está reconhecendo o fazer em prol da cultura e da leitura que temos realizado em Fraiburgo. Outras 15 pessoas foram homenageada e nos tornamos membros honorários da Academia. A solenidade aconteceu na Câmara Municipal de Vereadores a partir das 19h00min.

Quando utilizo o temos no plural é pela plena consciência que o reconhecimento é por tudo que a APAFEC (Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular) já fez e fará pela cultura fraiburguense, menciono: Três edições do Festicontestado e da Sessão de Cultura Popular; Mateada da Solidariedade; Exibição de diversos filmes; Projeto de Cultura Itinerante Mário Lago; Por fim e não menos importante a Biblioteca Comunitária Alisson Zonta inaugurada em maio desde ano que já realizou o lançamento de três livros.


Peço escusas por não ter podido estar presente, estava em São Miguel do Oeste, assessorando o VII Seminário da Cidade, com o tema: 100 Anos nos Trilhos do Contestado e lema: Da Mãe Terra Um Grito de Resistência. Dedico essa honraria a todos e todas que fazem o dia a dia da APAFEC e aos meus familiares.

Siga o blog pelo twitter: @Esportes_Debate

Violões serão entregues amanhã 30/10


Sete integrantes da Oficina de Violão da APAFEC (Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular) receberão violões amanhã 30/10 às 19h00min. Cada pessoa poderá levar o instrumento para casa e se responsabilizará pelo mesmo, até dezembro de 2013 quando as oficinas serão suspensas.
 
Essa iniciativa visa garantir um maior contato dos educandos que não disponham de violão, permitindo assim uma aceleração no aprendizado. Além da entrega dos violões, acontece nesta quarta-feira uma aula especial, que será acompanhada por pais, mães e demais familiares dos 12 educandos e aberta a toda a comunidade.
 

As Oficinas de Violão da APAFEC acontece todas as quartas-feiras no Dojô Cidadão do Futuro, com 12 estudantes divididos em duas turmas, sendo o primeiro horário das 18h30min às 20h00min, segundo horário das 20h10min às 21h40min. 
 
As aulas são coordenadas pelo músico Robson Ribeiro da Dual Rock, essa primeira etapa do projeto é uma experiência piloto, o músico e a entidade tem objetivo de manter as Oficinas de Violão em 2014.

Karatê – dô fraiburguense é campeão em Itá!

Aconteceu no dia 26/10, na cidade de Itá, a VII Copa de Karatê-dô, participaram 230 estudantes de 10 equipes de Santa Catarina. Fraiburgo foi representado por 34 estudantes da Associação Hayashi-ha Vital, Projeto Karatê-dô Cidadão do Futuro e Escolinhas da Fundação Municipal de Esportes e Lazer, conquistando 55 Medalhas, sendo: 24 de ouro, 21 de prata e 10 de bronze, sagrando-se Campeão Geral da Copa.

Na busca constante do aprimoramento técnico dos karatecas fraiburguenses, os princípios básicos do Karatê-dô a educação, disciplina e respeito foram mais uma vez utilizados durante a competição que serviu para manter os estudantes/atletas motivados. Esses princípios são constantemente enfatizados pelo Shihan Paulo Mota e Sensei Simone Yonamine, que coordenam o Estilo Shito Ryu no Brasil.


O evento foi realizado no Ginásio Municipal, com a organização da Federação Catarinense e apoio da Prefeitura Municipal de Itá. A classificação geral da Copa Itá foi: Fraiburgo/Associação Hayashi-ha Vital Fraiburgo de Karatê-dô campeão; São Lourenço D´oeste vice-campeão; Itá terceiro colocada; Seara quarta colocada; e Videira quinta colocada. Também participaram: Campos Novos, Chapecó, Concórdia, Ponte Serrada e Xanxerê.

Para participar da Copa Itá, foi investido o total de R$ 3.030,00 (três mil e trinta reais), divididos da seguinte maneira: R$ 1.360,00 (um mil trezentos e sessenta reais) em anuidades e inscrições pagas por parceiros, pais, mães e atletas; R$ 1.320,00 (um mil trezentos e vinte reais) e mais R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) em alimentação e despesas diversas. A municipalidade através da FME, custeou as despesas com o fretamento do ônibus.

Desde 1989, os karatecas fraiburguenses organizados pela Associação Hayashi-ha Vital Fraiburgo de Karatê-dô já participaram de 158 eventos, conquistando 3.912 (três mil, novecentas e doze) medalhas de ouro, prata e bronze. Somente em 2013 foram 03 eventos e 87 medalhas trazidas para Fraiburgo. Com essas conquistas o Karatê-dô fraiburguense é a modalidade que mais títulos em nível regional, estadual, nacional e internacional trouxe para Fraiburgo.  

Com informações de Luiz Antônio Laudelino Coelho
Faixa Preta – 5.º Dan – Pres. Associação Vital Fraiburgo de Karatê-dô
Registro CREF/SC n.º4.099 P/SC Responsável da modalidade de Karatê-dô/FME.

Siga pelo twitter: @Esportes_Debate