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Entidades promoveram encontro para celebrar o dia de combate as drogas |
O dia 26 de junho marca a data
escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o Dia Internacional de
Combate às Drogas. Para celebrar a data, foi realizado na quinta-feira (23/06),
no Pavilhão Comunitário do Bairro São Miguel em Fraiburgo um encontro, no qual
estiveram presentes mais de 50 representantes das seguintes organizações
sociais e publicas: Al-Anon; Alcoólicos Anônimos (AA); Associação Hayashi-ha
Vital Fraiburgo de Karatê-dô; Associação Paulo Freire de Educação e cultura
Popular (Apafec); Centro de Atenção Psicossocial (CAPS); Comunidade Terapêutica
São Francisco (Videira); Conselho Pastoral da Comunidade São Miguel (CPC); e Narcóticos
Anônimos (NA).
O
encontro foi marcado por apresentações culturais feitas por integrantes da Apafec
e da Associação Vital e por depoimentos de alcoólicos e narcóticos anônimos, teve como objetivo alertar os presentes quais
são os motivos que podem levar uma pessoa a se entregar ao vício de drogas lícitas
e ilícitas, que vão desde a necessidade de aceitação por um grupo até um
problema de cunho familiar ou emocional. Da mesma forma são inúmeras as pessoas
que se aproveitam disso para traficar e obter lucros com as fraquezas alheias.
O uso de
drogas lícitas e ilícitas é um mal social
em todo mundo. Segundo dados do Relatório Mundial sobre Drogas da ONU, cerca de
5% da população mundial entre 15 e 64 anos, o que corresponde em média de 243
milhões de pessoas, usa drogas ilícitas.
O LENAD
(Levantamento Nacional de Álcool e Drogas) é um levantamento realizado pelo
INPAD (Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas) da
UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), segundo LENAD realizado em 2012, com
4.607 entrevistados de 14 anos acima de todos os estados e Distrito Federal, os quais responderam sigilosamente a um questionário que avaliaram o padrão de uso
de álcool, tabaco e drogas ilícitas, bem como fatores associados com o uso
problemático, como depressão, suporte social, saúde física, violência infantil
e doméstica entre outros.
Segundo a
pesquisa, 64% dos homens e 39% das mulheres adultas relatam consumir álcool
regularmente (pelo menos 1 vezes por semana). 66% dos homens e 49% das mulheres
adultas relatam beber em baladas (quando bebem, ingerem 4 (mulheres) ou 5
(homens) unidades ou mais de bebida alcóolica a cada duas horas). Enquanto
metade da população é abstêmia, 32% bebem moderadamente e 16% consomem
quantidades nocivas de álcool. Quase 2 a cada 10 dos bebedores (17%) apresentou
critérios para abuso e/ou dependência de álcool.
Quando
perguntados sobre o uso da maconha, 7% da população adulta já experimentou
maconha na vida. 3% da população adulta relatou uso de maconha no último ano.
Quase 4% da população dos adolescentes já usou maconha pelo menos uma vez na
vida, e a taxa de uso no último ano foi de 3% (mesma prevalência encontrada na
população adulta). Mais da metade dos usuários, tanto adultos quanto
adolescentes consomem maconha diariamente. Quase 40% dos adultos usuários de
maconha são dependentes e 1 em cada 10 adolescentes que usa maconha é
dependente.
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Apresentação dos fundamentos do karatê-dô, durante o encontro de celebração do dia internacional do dia de combates as drogas |
Quase 4%
da população adulta já experimentaram cocaína na vida. Este índice foi de 3%
entre adolescentes. A cocaína usada pela via intranasal (cheirada) é a mais
comum, já tendo sido experimentada por 4% dos adultos, enquanto 2% a usou desta
forma no último ano. Quase metade dos usuários (45%) experimentaram cocaína
pela primeira vez antes dos 18 anos de idade.
A Organização
Mundial da Saúde (OMS) constatou recentemente uma tendência de redução do uso
de cocaína nos países mais desenvolvidos, e aumento nos países emergentes – o
que parece estar acontecendo no Brasil. Ainda conforme a OMS nosso país
representa o segundo maior mercado de cocaína do mundo quando se trata de
número absoluto de usuários, quando o assunto é o crack o Brasil representa 20%
do consumo mundial e é o maior mercado da droga no mundo.
Para
combater e lutar contra os números acima, encontros como esse são fundamentais
para seguirmos lutando contra o flagelo das drogas lícitas e ilícitas, temos que
multiplicar ações de prevenção do uso das drogas, pois, senão fizermos isso, em
um futuro breve as comunidades terapêuticas não terão condições de abrigar e
tratar os dependentes químicos, finaliza Francisco Marcheti da coordenação da Comunidade
Terapêutica São Francisco.
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