Padre Pedro questiona sistema tributário - Foto Assessoria
Deputado
questiona sistema tributário que penaliza os mais pobres e favorece ricos!
O deputado estadual
Padre Pedro Baldissera disse na terça-feira 23 de junho, no Plenário da Assembleia Legislativa
de Santa Catarina - Alesc, que chegou a hora do 0,3% da população brasileira
contribuir para que os 99,7% possam minimamente ter algum tipo de proteção e
cobertura. “Uma pessoa que ganha R$ 5 mil por mês paga a mesma alíquota de
Imposto de Renda (27,5%) de outra que ganha R$ 500 mil por mês”, compara.
Segundo ele, a
legislação vigente é a 9.249, de 1995, quando o governo brasileiro concedeu
isenção do IR à remessa de lucros e dividendos ao exterior, fazendo com que os
lucros das multinacionais e a renda dos ricos não fossem tributados,
facilitando o livre fluxo de recursos financeiros.
“Essa lei contribui para que
o topo da pirâmide social pague menos imposto do que a classe baixa,
colaborando para a concentração de renda. O sistema em vigência agrava o ônus
fiscal dos mais pobres e alivia as camadas que habitam no andar de cima.”
Conforme Padre
Pedro, do total de 30 milhões de declarações de IRPF, 230 mil ganham mais de R$
60 mil por mês e 700 mil têm renda de mais de R$ 40 mil (são os 0,3%). “Na
Dinamarca a tributação da renda representa 63% do total arrecadado. Nos Estados
Unidos, 49%. No Brasil, 18%. Aqui, somente 2,5% do PIB é advindo do Imposto de Renda,
enquanto em países como Alemanha e Estados Unidos, esse total fica em torno de
10%”, ressaltou.
Para o deputado, a
pandemia está expondo as entranhas da desigualdade brasileira. São quase 80
milhões de pessoas que vivem com renda per capita domiciliar mensal de até R$
530,00 quase duas vezes a população da Espanha. “Com a inanição do governo
federal, como essas pessoas vão ficar em casa?”
Fonte:
Assessoria de Imprensa
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Graduada em Design
de Moda, Ana Carolina Vivian vem se dedicando a ilustrações e retratos animais
de estimação, em aquarela entre outras atividades, no município de Tangará.
De acordo com as
informações em seu site, Ana Vivian trabalha com atividades artísticas desde
2010. Já em 2019, tomou outro rumo profissional passando a dedicar-se mais à ilustração, que sempre foi
uma de suas paixões de infância.
Em
entrevista, ex-nadadora explica que manifesto feito por atletas foi
impulsionado por ataques recentes à democracia.
Joana, destaca a falta de politicas publicas - foto: Flávio Florido/COB
A ex-atleta olímpica
Joanna Maranhão é uma das articuladoras do grupo Esporte pela Democracia,
formado por profissionais ligados ao setor que se uniram para lançar um
manifesto em defesa dos direitos humanos e da democracia. A ação foi
impulsionada pelos últimos acontecimentos no país, principalmente pelos
protestos contra o racismo.
Segundo a nadadora
pernambucana, o grupo tem o objetivo de pautar questões relacionadas ao esporte
brasileiro. "No Brasil, [o esporte] não é algo que tenha sido levado a
sério ao longo da história. Muito pouco nos últimos governos. A criação do
Ministério dos Esportes e algumas ações muito voltadas ao alto rendimento,
também porque estávamos sediando grandes eventos", frisa.
Por sua atuação como
atleta de alto rendimento, Joanna é considerada a melhor nadadora brasileira em
olimpíadas. No entanto, em 27 de julho de 2018, ela usou suas redes sociais
para anunciar que estaria se despedindo das piscinas.A respeito de sua
trajetória premiada, a ex-atleta faz questão de apontar os próprios privilégios
e faz críticas à visão focada apenas na meritocracia e nos patrocínios tão presentes
no âmbito dos esportes.
"Eu treinei
muito, me esforcei muito para ser quinta do mundo nos jogos olímpicos de
Atenas, mas não posso negar o fato de que com três anos de idade fui
matriculada na melhor escolinha de natação da minha cidade. Falando
especificamente da minha modalidade, piscina não sobe o morro, então só aí eu
já estava saindo na frente de um monte de gente. Isso não diminui meu mérito,
mas eu acho que é algo que preciso pontuar. Os meus privilégios precisam ser
pontuados", destaca.
Além de Joanna,
também assinam o manifesto atletas como os ex-jogadores de futebol Juninho
Pernambucano e Grafite, a pentatleta e medalhista olímpica Yane Marques, o
comentarista Walter Casagrande, o tenista Gustavo Kuerten. Pessoas interessadas
em apoiar o movimento do Esporte pela Democracia também podem assinar o
documento através do site Esporte pela Democracia.
Confira
em vídeo a reportagem completa:
Por
Marcos Barbosa - Brasil de Fato | Recife (PE).
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Referência
do voleibol brasileiro, ex-jogadora participou do Café com MST, ao lado de Juca
Kfouri.
Ana, teme o que vem pela frente- Foto Arquivo Pessoal
Ana Moser é
referência no voleibol brasileiro. Atuou nas quadras por 15 anos, de 1985 a
1999. Conquistou medalha olímpica (bronze em Atlanta, 1996) e 12 pódios em
torneios mundiais, pela seleção e por clubes. Além da carreira vitoriosa,
tornou-se referência em fazer do esporte ferramenta de inclusão social.
Foi um pouco dessa
experiência que Ana Moser levou ao Café com MST. O bate-papo virtual, que
contou também com o jornalista Juca Kfouri, foi realizado na noite desta
segunda-feira 22 de junho.
Conduzido pelo
coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, João
Paulo Rodrigues, teve a participação de Joba Alves, também integrante da
direção do MST.
A nadadora Joanna
Maranhão, convidada, não pode participar porque estava envolvida nos cuidados
com seu bebê.
A ex-jogadora de
vôlei lembrou dos 20 anos em que já atua na área social. Com a qualificação de
professores, seu Instituto Esporte & Educação busca oferecer acesso ao
esporte em periferias de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. “O impacto do
esporte para além de ser atleta”, explica.
Ana Moser relata que
nesse tempo todo foi possível acreditar numa utopia, de um país capaz de
diminuir desigualdades e ampliar oportunidades.
“O instituto começou
em 2001 e passamos a viajar o Brasil em 2004 e 2005. A gente pegou a ampliação
da educação, as escolas melhorando. A gente viu o Luz para Todos, cisterna no
sertão, Prouni [Programa Universidade para Todos, Fies [Financiamento
Estudantil], esses programas todos. A educação transformando”, destaca.
Grandeza
empobrecida
Nas viagens pelo
Brasil, Ana Moser conta como aprendeu a reconhecer a grandeza do país.
“Passamos anos acreditando muito no Brasil e a gente sentiu isso mudando”,
lamenta. “Na eleição de 2012 para prefeito já mudou bastante”, afirma sobre
cidades que eram administradas pela “esquerda e passaram a ser direita”.
A ex-jogadora fez
críticas ao governo Dilma Rousseff. “A gente não conseguiu mais avançar na
pauta do esporte como conseguimos no governo Lula. Começamos com Fernando
Henrique Cardoso, quando não tinha nada para o esporte. Era só tirar foto com
medalha”, compara.
“Pouco a pouco foi
empobrecendo, canalizou tudo para esporte de alto rendimento”, diz. “Depois do
impeachment foi um salve-se quem puder. Municípios empobrecendo, as pessoas
perdendo a fé. E na prática vários programas sociais foram caindo. Bolsa
Família, as pessoas perdendo saúde, educação. E no esporte, então, a gente
passou a ter de lidar com uma batalha ideológica. A guerra de comunicação mina
energia de todo mundo. Desinformação, bate-boca e enquanto isso a boiada vai
passando.”
“Só sou capaz de
olhar para o esporte, mesmo sendo jornalista que cobre a vida toda o alto
rendimento, pelo olhar da inclusão, da democratização do acesso à prática esportiva
para todos. Infelizmente estamos longe disso”, lamentou também o Juca Kfouri.
“Ensaiamos construir uma política nos governos Lula, com Dilma houve uma trava,
e agora estão passando por cima de tudo.”
Vergonha
mundial
Ana Moser se
assombra com o Brasil, “que vem pela frente”, comparado ao que viu nas últimas
décadas. “A crise econômica só piorou. E a crise sanitária! Nem fechamos
direito e está abrindo sem ter controlado. Uma vergonha mundial. Daqui a pouco
a gente não pode entrar em nenhum país”, disse.
“Não sei o que a
gente vai tirar dessa crise. Se não houver um movimento muito coeso,
estruturado, os pobres vão ficar mais pobres e os ricos mais ricos. E a gente não
vai aprender nada com isso.”
O jornalista Juca
Kfouri destacou a origem de tanto mal. “Todos os golpes nesse país têm a mesma
origem. As elites não admitem que a senzala chegue perto da casa-grande. Nos
governos Lula tivemos uma festa dos excluídos, mas sem atrapalhar a
casa-grande. Erramos”, avaliou.
“Erramos ao fazer
uma Copa do Mundo como se estivéssemos na Ásia ou Alemanha, construindo 12
estádios quando a Fifa pedia oito”, afirmou. “Era absolutamente correto que o
Brasil sediasse uma Copa, mas uma Copa nossa, não do Qatar”, ironizou Juca.
“E erramos
barbaramente ao trazer uma Olimpíada para cá. Porque isso coroa um processo de
um país que pratica esporte, não só com atletas de alto rendimento. Um país que
olha para o esporte com um fator social, provê esporte para a população”, observa
o jornalista.
Necropolítica
no esporte
“A Olimpíada seria o
marco inicial, mas Olimpíada é coroamento, fim de processo. E hoje vemos o
sucateamento da Cidade Olímpica. Equipamentos foram derrubados para que novos
fossem construídos e a população perdeu o que usava antes”, criticou Juca
Kfouri.
Para o jornalista,
em plena pandemia, não faz sentido discutir volta dos jogos. “Diferentemente do
que se fez na Alemanha, Espanha, Itália, aqui, em plena curva ascendente, se
fala em voltar o futebol com absoluto descuido. Estamos enfrentando um governo
da necropolítica, que além da sanha fascistóide, está pouco preocupado com a
população brasileira.”
Provocado por Joba
Alves, do MST, o jornalista saudou a atuação das torcidas organizadas e dos
esportistas pela democracia. “A sociedade civil despertou. O pós-pandemia não
pode ser como vínhamos sendo. O chamado ‘novo normal’ tem de olhar para o velho
e se dar conta de que o velho era anormal. Aprendemos que o Estado tem de ser
olhado de outra maneira, que a saúde pública é questão de Estado. Bíblias do
liberalismo reconhecem isso”, ressaltou Juca. “Quando se olha pro esporte, e eu
falo em educação, o esporte está aí dentro.”
Por
Cláudia Motta – Rede Brasil Atual
Fonte:
Brasil de Fato
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