Página Correio Esportes

sábado, 13 de agosto de 2016

Fórum de entidades dos bairros São Miguel e Nossa Senhora Aparecida realiza jantar de confraternização

Saladas, pão, entrevero e macarronada foi o cardápio.
O Fórum de Entidades dos bairros São Miguel e Nossa Senhora Aparecida, promoveu na quarta-feira (10/08), no Pavilhão Comunitário da Comunidade São Miguel um Jantar de Confraternização para celebrar os resultados alcançados com a 1ª Festa Julina do bairro São Miguel.
Apesar da baixa temperatura mais de 70 pessoas representando os 09 grupos que integram o Fórum estiveram presentes e prestigiaram o encontro. O cardápio da janta foi entrevero, pão, macarronada, saladas, vinho e refrigerante. Além de celebrar os resultados da Festa Julina, o evento de confraternização serviu para promover a integração e a descontração entre os participantes.
A experiência vivenciada em grupo proporciona uma revisão positiva das relações entre as instituições e pessoas envolvidas, promovendo uma nova perspectiva para a busca de soluções coletivas para problemas sociais, econômicos e estruturais dos bairros São Miguel e Nossa Senhora Aparecida, por isso, as organizações sociais continuarão se reunindo, a próxima roda de conversa já tem data marcada, será no dia 29/08 às 20h00 no Centro de Educação, Cultura e Arte Popular (CECAP).
Jantar de Confraternização serviu para celebrar os resultados alcançados com a 1ª Festa Julina do bairro São Miguel.
Os seguintes grupos: Associação de Moradores do Bairro Nossa Senhora Aparecida, Associação de Moradores do Bairro São Miguel, Associação Hayashi-ha Vital Fraiburgo de Karatê-dô, Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular (Apafec), Conselho Pastoral Comunidade Nossa Senhora Aparecida, Conselho Pastoral Comunidade São Miguel, Estudantes da Escola Eurico Pinz de Ensino Médio e Núcleo de Empreendedores da Aciaf no bairro São Miguel e Pastoral Familiar participam do Fórum de Entidades dos bairros São Miguel e Nossa Senhora Aparecida.


Tomado do Portal da Apafec

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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Como a imprensa esportiva trata as mulheres nos Jogos do Rio 2016

Em vez de prestar atenção no desempenho das atletas, os meios de comunicação preferem comentar se são bonitas, casadas ou mães.
Como a imprensa esportiva trata as mulheres nos Jogos do Rio 2016
Antes de cada evento esportivo, a minuciosa investigação jornalística prévia tem uma parada obrigatória: a lista de mulheres que se destacam, obviamente, por suas características físicas. Nem importa se são mulheres que realmente praticam esportes – até numa Copa do Mundo masculina de futebol, não faltam os rankings das namoradas dos jogadores, avaliando as mais “gostosas” – parece que o mundo do futebol não aceita ou invisibiliza os atletas gays.
Por situações como essa, a editora da Universidade de Cambridge encomendou um estudo dedicado a analisar cerca de 160 milhões de palavras usadas nas transmissões, entre notícias por escrito, vídeos, textos em blogs, fóruns de internet e redes sociais, todo o tipo de comentário escrito em inglês alusivo ao esporte, com ênfase na forma em que a imprensa se refere a ambos os sexos. Diante das diferenças radicais mostradas pelo estudo, o centro de investigação se comprometeu a realizar outro idêntico, analisando exclusivamente a cobertura dos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
Não importa que se são as melhores atletas do mundo, ou a dedicação de toda uma vida a uma disciplina esportiva na que se profissionalizou. Tampouco importa que, no caso das Olimpíadas, as esportistas mulheres sejam 45% do total de atletas participantes do evento. A beleza física ou a imposição da maternidade às atletas são estigmas que perseguem a todas.
Uma das primeiras diferenças é o tempo ou espaço que se destina aos esportes praticados por homens nos meios de comunicação, que recebem o triplo de cobertura em comparação com as mesmas modalidades praticadas pelas mulheres. Mas tão ou mais importante que isso é o conteúdo: quando mostram os homens, a atenção se centra em seu desempenho, enquanto a cobertura feminina muitas vezes enfoca outras coisas, se estão solteiras, a idade, e claro, a aparência física.
Um ponto do estudo que deixa isso bastante evidente são as palavras mais usadas quando se referem ao esporte praticado por mulheres: “idade”, “grávida”, “solteira” e “jovem”. Para os homens, os adjetivos que predominam são bem diferentes: “rápido”, “forte”, “fantástico” e “grande”. Nos esportes masculinos, o foco está no desempenho, não em elementos da vida privada.
Por outro lado, as mulheres são constantemente infantilizadas, tratadas como “meninas”, ou enclausuradas nos estereotipo do que é feminino, tratadas como “damas” se são veteranas e mães, rótulos com os quais os homens não precisam conviver.
Ao observar o tratamento dado aos homens e às mulheres em Olimpíadas anteriores, aparece outro ponto que demonstra a diferença da cobertura midiática: ao se referir aos homens, os verbos que mais se repetem são “dominar”, “ganhar”, “conquistar”, e no caso das mulheres, se destacam “competir”, “participar”, “lutar”.
Quando se trata de cobertura machista na imprensa, a América do Sul não fica atrás, e estes Jogos do Rio 2016 vêm mostrando novamente a cara mais cafajeste do jornalismo. Basta ver as longas sequências de imagens das competições, onde os homens são mostrados correndo ou disputando uma bola, mostrando o esforço do esporte, enquanto as imagens das mulheres estão nas curvas – e a grande maioria das imagens são de vôlei de praia, com close na bunda das jogadoras.
A preferência dos jornalistas (a gigantesca maioria homens) esportivos pelo vôlei de praia feminino é um clássico de todas as Olimpíadas. E assim também entendemos comentários como o do locutor chileno Jorge Hevia, do canal estatal TVN, afirmando que as atletas de ginástica – muitas delas menores de idade – deveriam usar trajes mais decotados.
Mónica Maureira, também jornalista chilena e professora da Universidade Diego Portales, diz que esses casos se produzem por uma combinação de respostas aos padrões culturais sexistas e pelos paradigmas jornalísticos, que no caso do jornalismo esportivo mostram uma clara e histórica tendência a invisibilizar ou sexualizar as mulheres que praticam ou que convivem no meio dos esportes: “estamos olhando sempre um lado só, e coisificando o outro lado, por uma deficiência profissional. O jornalismo esportivo não destaca as mulheres por seu desempenho porque sequer está preparado para isso”, explica à acadêmica.
Maureira também observa a ausência de perspectiva de gênero no exercício jornalístico, o que leva a não fazer justiça ao nível de participação feminina num evento como os Jogos Olímpicos, onde as mulheres são quase metade das atletas participantes. Ela também destaca que essa discrepância na quantidade de homens e mulheres nas equipes jornalísticas esportivas é o que dá o tom da linguagem utilizada, que nunca é inclusiva – e muitas vezes é calhorda.
Assim, a necessidade de opinar sobre os trajes ou o físico das esportistas é uma mescla entre o mau jornalismo e os padrões culturais: “a abordagem da imprensa esportiva sobre as mulheres sempre é exagerada nos adjetivos. Isso se nota também quando se aborda a violência, sempre destacando coisas `horríveis´ e `sofridas´”. Ninguém comenta as características físicas dos homens, por exemplo, e por outro lado é muito difícil encontrar, mesmo na imprensa chilena, informações sobre a velocista Isidora Jiménez que não sejam comentários sobre sua beleza, sendo ela uma das esportistas mais importantes do país.
O estudo realizado por Cambridge está enfocado nas palavras que mais se usam falar das mulheres e como elas sempre apontam ao espaço íntimo das atletas: “a indagação do campo privado é uma conotação de gênero que se impões sobre as mulheres que participam em atividades públicas. Em vez de valorizar o papel que elas têm em suas especialidades, se prefere mostrar a sua vida privada”. A idade, o estado civil e a maternidade são as principais perguntas.
“É preciso questionar como são as reações da sociedade a esses padrões culturais, mas também quais são as autocríticas que fazemos à nossa formação como jornalistas, diante de casos como esses” afirma Maureira. “As mulheres deveriam ter a autonomia de fazer o que querem fazer. Ninguém vai ter um resultado melhor em campo porque o tamanho do decote é maior ou porque é solteira ou casada. São comentários sexistas e profundamente superficiais” aponta.
Contudo, a comunicadora diz que esses episódios às vezes mostram coisas positivas, como a massiva resposta de repúdio nas redes sociais aos comentários do locutor chileno sobre as roupas das ginastas. “Aqueles que têm voz pública devem se informar e mudar seus conceitos, e devemos exigir isso como audiência. Ver que existe uma sociedade mais evoluída e que repara mais nessas coisas é algo que devemos ver com otimismo”.

Por Rocío Venegas, para a revista Desconcierto, Chile.

Tradução: Victor Farinelli

Créditos da foto: William Lucas


Fonte: Carta Maior.

Tomado do Portal Desacato.Info

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Transar: o pecado de Ingrid

As disputas do esporte feminino estão sempre em 2º plano.
O importante é o flagra, o biquíni, a seleção de musas.
As disputas do esporte feminino estão sempre em 2º plano. O importante é o flagra, o biquíni, a seleção de musas. Uma matéria da Superinteressante indica que cada atleta deve transar seis vezes por dia durante a Olimpíada. São quase todos jovens, atléticos e bonitos no ápice da vida hormonal e esportiva em um lugar reservado só para eles, a Vila Olímpica. O que poderia ser mais natural?
Historicamente, basta um sinal para que atletas tenham privacidade em seus quartos durante competições. Uma toalha branca pendurada na porta fechada indica: aqui dentro tem gente transando, favor não entrar. Um acordo tácito, todos obedecem. Isso desde os tempos de Garrinchahaja toalha!
É verdade que muitos dos técnicos, metidos a durões, se recusavam a aceitar o sexo de seus comandados como natural. Acreditava-se que isso poderia atrapalhar o rendimento, mas hoje há vários estudos que provam o contrário.
Décadas depois e alheios a comprovações científicas, surge o primeiro escândalo sexual forjado da Rio 2016. É necessária uma regressão para entender o porquê a “escapulida”como foi chamado o caso da saltadora Ingrid Oliveiraprovocou tanta fúria em seus compatriotas.
Meses antes dos Jogos, a saltadora brasileira era absolutamente ignorada. Não se falava dela até que uma foto postada no Instagram despertou a curiosidade dos leitores. O interesse, claro, não era esportivo.
A imagem mostra a bela jovem de 20 anos do alto do trampolim de salto ornamental. De maiô, sua roupa de treino, ela aponta para os anéis olímpicos no horizonte. Uma foto com um quê poético, mostrando a Olimpíada no porvir. Mas é lógico que ninguém se interessou pela poesia. Mesmo sentada, a atleta chamava atenção por suas curvas.
Ingrid é alçada à fama instantânea. O salto sincronizado, em nenhum momento, foi o alvo das atenções. As disputas do esporte feminino, afinal, estão sempre em segundo plano. O importante é o flagra, o biquíni, a seleção de musascomo atestado por um estudo de Cambridge. Só se falava dela, do corpo dela, do coração dela.
Iniciada a competição, Ingrid volta aos holofotes como sexy symbol perambulando de uniforme entre as piscinas. Oooohh, um maiô. Na cabeça doentia de seus pseudofãs, Ingrid é obrigada a ter um desempenho esportivo à altura do desejo que despertara.
Às vésperas do grande salto, a nadadora resolve levar um outro atleta para o quartocomo dezenas, centenas de desportistas. Chega para a colega de saltos ornamentais, com quem andava meio desentendida, e pede:
— Amiga, você pode dormir em outro quarto?
Ela bate boca, é dedurada para o Comitê Olímpico e a eliminaçãopara lá de óbviapassa a ser inaceitável. Pronto, forjado o escândalo. Como pode? Que falta de profissionalismo, que devassidão, que falta de companheirismo.
Ingrid deu e não pode ser perdoada por isso. Aqueles que a desejaram agora passam a humilhá-la publicamente do alto de seus desejos reprimidos inalcançáveis. O machismo fala mais alto. E se revela, sobretudo, em um silêncio estratégico.
Ingrid não foi para o quarto sozinha. E o tal muso que a acompanhou? Sua participação na Olimpíada, como a dela, também não havia acabado. Classificado, ele tem dois troféus: a vitória e Ingrid. Eliminada, ela tem a dupla derrota: o vexame esportivo e o sexual. Como se transar fosse um vexame.
A foto de Ingrid que a alçou à fama instantânea
Pode ser que os dois não tenham escolhido a melhor hora ou o melhor lugar para dormir juntos. Mas isto é apenas uma suposição que cabe ao casal julgar. Ingrid, porém, não está sendo escorraçada porque não avançou para as finais.
O pecado dela é usar o corpo para o próprio prazer. O pecado dela é que seu corpo seja fonte do prazer masculino, mas não daqueles milhares que a desejam. Todos deveriam fazer como Ingrid.
A vida é para ser gozada quando bem entendermos. E o momento cabe a nós, somente a nós. Uma coisa, no entanto, deve ser lembrada. Para sempre: tenha amigos que liberem o quarto.

Por Gabriel Barreira – Repórter, carioca e botafoguense - três instituições à beira do colapso.


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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Maior escândalo de corrupção no futebol é travado na justiça brasileira

Entre setembro e outubro de 2015, duas decisões de tribunais brasileiros barravam o acordo de cooperação internacional para apurar a corrupção na Fifa. Sem precedentes que justificassem o rompimento na ajuda para as investigações contra cartolas, dirigentes e empresas envolvidas no maior escândalo do futebol, provas estão guardadas a sete chaves no Brasil e a suas remessas ao FBI impedidas por decisão estagnada no Superior Tribunal de Justiça (STJ). E dessa mesma resposta dependem as ações que desaguam na prisão de Del Nero e Ricardo Teixeira.
Já passaram um ano e três meses desde que o maior caso de corrupção do futebol foi deflagrado pelas autoridades suíças e norte-americanas. Mas assim que solicitou documentos da empresa Klefer Produções e Promoções Ltda, do empresário Kleber Leite, e do ex-presidente da CBF e genro de João Havelange, Ricardo Teixeira, as autoridades dos Estados Unidos enfrentaram grandes obstáculos para acessar provas aqui retidas contra os dirigentes brasileiros.
A primeira delas partiu da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo). Em sessão secreta no dia 30 de setembro de 2015, dois dos três desembargadores quebraram a cooperação internacional firmada entre o Brasil e a Promotoria Federal de Nova York para investigar as denúncias.
Um Habeas Corpus impetrado pela empresa de marketing esportiva, suspeita de pagar propinas a dirigentes da CBF no Brasileirão, questionava a decisão da 9ª Vara Federal Criminal, de maio de 2015, que realizou buscar e apreensões na Klefer, coletando documentos e que determinou a quebra de sigilo fiscal de Ricardo Teixeira e de sua filha, Antonia, para enviar aos EUA. Naquele despacho, a justiça de primeira instância também havia decretado a quebra de sigilo bancário e o bloqueio de bens de 15 pessoas, incluindo o empresário e o cartola brasileiro.
O pedido da empresa investigada no TRF-2 era para anular todas as decisões da 9ª Vara, inclusive o desbloqueio de bens dos alvos – solicitação aceita pelos desembargadores Ivan Athié e Paulo Espírito Santo, naquela sessão secreta. Com isso, todos os documentos apreendidos e enviados às autoridades norte-americanas tiveram que ser devolvidos, assim como os recursos congelados.
Em seguida, alguns dias depois, a juíza Débora Brito da 9ª Vara Federal, que substituía o magistrado anterior no caso, não teve outra saída que não a de tomar decisões iguais à instância superior. Débora, que havia determinado o bloqueio de bens e aberto o sigilo bancário de 15 investigados, teve que desfazer as ações.
A magistrada também encaminhou um ofício ao Coordenador do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), pedindo a devolução dos documentos apreendidos. Junto com o despacho, Débora Brito anexou a decisão do TRF-2, indicando que foi o Tribunal quem rompeu a cooperação.

Histórico cooperações
A cooperação internacional nas investigações está prevista tanto em tratados assinados pelo Brasil junto a Cortes internacionais, como também em entendimento do Judiciário.
Quando argumentaram seus votos, os desembargadores do TRF-2 afirmaram que era preciso ter uma decisão anterior do STF ou do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesse sentido, para serem autorizadas as cooperações bilaterais. Os membros do Tribunal esqueceram-se, entretanto, que o STJ já criou jurisprudência, quando Teori Zavascki ainda integrava a turma.
Hoje no Supremo, o então desembargador determinou que um pedido do Ministério Público de outro país deve ser encaminhado diretamente ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) e à Procuradoria da República, que deve, só então apresentar o pedido a um juiz de primeira instância.
Mas para Teori, a análise deve ser no sentido de apoiar a colaboração, a menos que afete alguma determinação da legislação brasileira. “O compartilhamento de prova é uma das mais características medidas de cooperação jurídica internacional, iterativamente prevista nos acordos bilaterais e multilaterais que disciplinam a matéria”, disse Zavascki, em 2009.
Em seu voto para o caso de um empresário investigado de lavagem de dinheiro em negociação do Corinthians com investidores britânicos e russos da MSI (Media Sports Investment), o desembargador, hoje ministro do STF, concordou com a cooperação internacional direta (leia, abaixo, a íntegra do voto do ministro).
Em um ofício enviado no dia 21 de outubro pelo Ministério Público à Justiça Federal do Rio, os procuradores alertaram que a decisão contrária “viola o tratado bilateral de cooperação internacional entre o Brasil e os EUA, podendo por em risco pedidos semelhantes expedidos por autoridades brasileiras àquele país”.
Para o MP, a troca de informações é “uma prática comum”. “Uma prática que vem se utilizando para facilitar a colaboração entre países. Afinal, a criminalidade também é globalizada. Hoje em dia não existem mais fronteiras, não existem mais limites dos países para a prática de crime. Então os países têm que se auxiliar”, afirmou um dos procuradores que atua no caso Fifa.
As decisões ainda vão contra mecanismos de colaboração incentivados pelo Executivo e Legislativo. Ainda em outubro do ano passado, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei n.º 13.170, que versa sobre o congelamento de bens e valores de pessoas ou empresas submetidas a sanções por resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas – CSNU.

Na prática, trata-se de uma facilidade para o Brasil punir sujeitos envolvidos em crimes organizados ou terrorismo, tomando as mesmas providências e sanções em território nacional contra aquelas já punidas no exterior, em primeira instância.

Consequências
O resultado das decisões tomadas pelo TRF-2 e pela Justiça da 9ª Vara do Rio de Janeiro é que mesmo dois dos principais dirigentes na mira do maior escândalo de corrupção da Fifa, Marco Polo del Nero e Ricardo Teixeira, já serem acusados nos Estados Unidos por corrupção, eles não podem ser presos e tampouco outras cooperações podem ser solicitadas pelas autoridades americanas ao MPF brasileiro.
Em manifestação protocolada no dia 4 de abril deste ano, a Procuradoria-Geral da República contestou as decisões e pediu que o Brasil volte a colaborar com a Justiça norte-americana. De acordo com o sub-procurador-geral da República, Moacir Mendes, as buscas e apreensões, quebras de sigilos bancários e congelamento de valores são necessário “para a retomada do curso processual”. Ainda em outubro, o MPF se disse “preocupado com as consequências que a decisão pode gerar para o caso”.
Ao GGN, a PGR informou que uma nova petição foi enviada em junho pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitando prioridade no julgamento. Recorrendo da colaboração com os Estados Unidos, a decisão depende, agora, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nas mãos do ministro Jorge Mussi, desde o dia 5 de abril.
Em três de dezembro, o Departamento de Justiça dos EUA indiciou Del Nero e Ricardo Teixeira. Investigados pelo FBI, foram acusados formalmente de receber propinas em contratos comerciais da CBF. Enquanto as apurações contra Teixeira aqui já eram travadas, o governo norte-americano tentava outra cooperação, no fim do ano passado, para que Del Nero fosse preso ou prestasse depoimento às autoridades.
Mas o despacho dos desembargadores da segunda instância enterrou de vez as possibilidades de cooperação, até agora.
O caso de Del Nero ainda implicava nas suspeitas de pagamentos feitos por J. Hawilla, dono da Traffic, que compartilhou com a Klefer um contrato que detinha junto à CBF para a Copa do Brasil, a partir de 2011. A polícia norte-americana descobriu que a Klefer se propôs a pagar R$ 128 milhões pelo torneio entre 2015 e 2022, minando as chances de Hawilla.
Para isso, a Klefer também repassaria uma propina anual a um cartola da CBF, não revelado. Mas, após um acordo comercial, Hawilla e Klefer decidiram fechar um entendimento, beneficiando-se ambos: a partir de 2012, a propina seria paga pelos dois, em quantia elevada. A suspeita é que os beneficiários desse repasse eram José Maria Marin, preso em Zurique e extraditado aos Estados Unidos, e Del Nero.
Mas enquanto Marin foi preso, o ainda presidente da CBF está apenas impedido de viajar ao exterior, desde a deflagração do esquema, em maio de 2015. A Justiça americana analisa depósitos e pagamentos feitos pela Traffic nos EUA, assim como da Klefer, para relacionar o cartola brasileiro ao esquema. Mas os documentos detidos pela justiça brasileira impedem o avanço do caso.Paralelamente, o Comitê de Ética da Fifa encaminha investigações para punir Del Nero. Sem sair do Brasil, protegido sob o risco de ser preso no exterior, o cartola se manteve no posto de presidente da CBF. Mas a imagem para os dirigentes brasileiros vem pressionando para que o alto escalão da Fifa agilize o processo e suspenda-o do futebol até o final deste ano.

Por Patricia Faermann.


Fonte: Jornal GGN

Tomado do Portal Desacato.Info

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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Associações apresentam resultados da Ação Solidária Entre Amigos 2016

A Ação Solidária Entre Amigos 2016 foi organizada e promovida pela Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular – Apafec e pela Associação Hayashi-há Vital Fraiburgo de Karatê-dô. Contou com a colaboração de 18 coletivos que cooperaram na venda das cartelas, foram vendidas 4718 cartelas totalizando R$ 23.590,00. As cartelas foram vendidas por mais 420 pessoas em 24 municípios.
A Apafec teve como receita bruta com a venda das cartelas o valor de R$ 13.920,00, descontando desse montante o pagamento de 50% dos prêmios, o repasse aos parceiros, as despesas com divulgação e a confecção dos blocos, o resultado líquido foi de R$ 4.203,50, os quais serão investidos no pagamento da primeira parcela do empréstimo para adquirir o segundo imóvel onde esta sendo instalado o Cecap, situado na rua: Arcindo Hass nº 337 – bairro São Miguel.
João Carlos (coordenação da Apafec) e Sandra Carvalho da Silva ganhadora da moto
A Associação Vital obteve como receita bruta com a venda das cartelas R$ 10.295,00, descontando desse montante o pagamento de 50% dos prêmios, o repasse aos parceiros, as despesas com divulgação e a confecção dos blocos, o resultado líquido foi de R$ 3.982,50, os quais foram investidos no pagamento das despesas da participação de 12 karatecas no Campeonato Sul Brasileiro 2016 – Classificatório para a etapa nacional, que aconteceu em julho na cidade de Porto Alegre/RS.
A Apafec e Associação Vital repassaram o valor de R$ 4.824,00, aos parceiros conforme a quantidade de cartelas vendidas por cada um dos seguintes grupos: PJR/PJMP de São Miguel do Oeste; Associação Cultural e Comunitária de Tangará; Cáritas Regional Santa Catarina; Associação Cultural e Comunitária de Videira; Comunidade Terapêutica São Francisco Videira; Associação de Moradores Bairro Nossa Senhora Aparecida; Associação Desportiva, Recreativa e Cultural ADRC – Fraiburgo; Cáritas Timbó Grande; Escola Agrícola 25 de Maio; Conselho Pastoral da Comunidade Nossa Senhora Aparecida; Estudantes do 3º ano do Curso de Informática do IFC Campus de Videira; Conselho Pastoral da Comunidade São Miguel; Núcleo de empreendedores da Aciaf bairro São Miguel; Pastoral Familiar e Projeto Viver Bem.
Mariza e Carol da coordenação da Apafec preparando o sorteio da Ação Solidária Entre Amigos 2016
A Hollobyte Informática, o Supermercado Superbom, a Relojoaria TIC-TAC, o sr. Ademar de Deus, a Transmannus e a Erva Mate Viola de Ouro foram parceiros da Ação Solidária Entre Amigos 2016 doaram alguns dos prêmios que foram sorteados.
“Estamos muito satisfeitos com os resultados e animados para em 2017 fazermos a 13ª edição da Ação Solidaria Entre Amigos, o resultado que alcançamos é fruto do esforço de muitas pessoas e evidenciam a credibilidade que o karatê-dô e a Apafec conquistaram junto à comunidade fraiburguense e a várias organizações sociais de Santa Catarina, nosso muito obrigado a todas as pessoas e instituições que contribuíram, queremos seguir tendo o apoio de todos/as”. Finaliza Luiz Coelho da coordenação em nome das promotoras.

Tomado do Portal da Apafec

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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O futebol masculino brasileiro secou. Ou apodreceu?

O que dizer de um primeiro tempo em que brasileiros e iraquianos ficaram mais uma vez no 0 a 0?
Depende se você quer olhar a metade cheia ou vazia do copo.
Na metade vazia, sem dúvida, é de se lastimar que a Seleção Brasileira tenha jogado de maneira pouco solidária, muitas vezes sem encostar no companheiro para ajudá-lo, poucas vezes triangulando porque com  apenas dois jogadores  é impossível.
Já na metade cheia do copo, e escrevo no intervalo do jogo na torcida que não ouça o que vem a seguir como desculpa ao fim dos 90 minutos, a Seleção criou nada menos que sete chances de gol e não é conta de mentiroso.
Três vezes com Gabriel Jesus, aos 2, aos 35 e aos 40, além de ele ter sido derrubado na área, aos 23.
Neymar, ao cabecear bola cruzada por Gabriel, aos 30, Zeca em seguida, e Neymar de novo ao bater escanteio, além de um tirambaço de Renato Augusto, aos 43, foram outras chances criadas e não convertidas por detalhe.
A verdade é que dos 30 minutos em diante as oportunidades se sucederam, contra apenas um criada pelos iraquianos, aos 11, quando uma cobrança de lateral resultou numa cabeçada na trave porque Weverton saiu mal do gol.
A educada torcida brasileira chamava de biiiiiicha! o goleiro Mohammed Hameed, o que o deixava profundamente magoado, a ponto de não parar de fazer cera.
Para o segundo tempo Luan voltou no lugar de Felipe Anderson.
Quatro atacantes em busca de um golzinho, como fez a Dinamarca contra a África do Sul, na, digamos assim, preliminar.
Aos 12 as vaias começaram porque bem mesmo só estava Gabriel e cada vez que Renato Augusto pegava na bola a torcida era implacável.
Enfim, torcida de modinha, que pagou caro e que se tornou marca registrada nas novas “arenas” brasileiras.
Mas que o futebol era digno de vaias era, embora nunca durante o jogo.
Neymar parecia estar com caxumba e Rodrigo Caio sem cabeça a ponto de dar uma entrada sem bola num rival.
Aos 9, Gabriel Jesus saiu e Rafinha entrou.
O Brasil não corria risco de gol.
Nem atrás… nem na frente.
O time, senhoras e senhores, não era um time, era um bando.
Um bando!
E um bando descontrolado à medida que o tempo passava e o 0 a 0 ficava.
Nosso futebol é, hoje em dia, mais do mesmo, incapaz de sair de situações incômodas.
Já havia quem aplaudisse as jogadas iraquianas e quase todos  cantavam “olê, olê, olê, olá,  Marta, Marta”.
Também, pudera, o Marco Polo que não viaja estava nas tribunas.
Aos 79, William substituiu Douglas Santos.
Aos 92, Renato Augusto perdeu o gol mais feito da noite, mandando em Sobradinho o gol da vitória.
E tome chuveirinho!
Aos 46, Rafinha teve uma derradeira chance e a desperdiçou.
Já não havia água no copo, que secara como a Capital Federal.
Ganhar da Dinamarca, na quarta-feira, em Salvador, passou a ser fundamental.
Mas parece que há algo de podre no reino do futebol brasileiro.
A torcida vaiou a saída dos brasileiros e ovacionou os iraquianos.


Por Juca Kfouri 07/08/2016


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Brechó do karatê-dô tem bom resultado!

Brechó do Karatê-dô foi realizado no domingo (08/08) e teve bom resultado 
O brechó promovido pela Associação Hayashi-ha Vital Fraiburgo de Karatê-dô e por acadêmicos de direito da 10ª fase da Unoesc teve bom resultado. O brechó foi realizado no ultimo domingo (07/08), no Pavilhão Comunitário do bairro São Miguel. Apesar da chuva no período matutino foram arrecadados R$ 868,00, os quais foram divididos em partes iguais entre os dois grupos que organizaram o brechó.
“A solidariedade não é focada apenas em quem comprou roupas com qualidade por ótimos preços, mas sim nas pessoas que serão beneficiadas e nas pessoas que ajudaram a organizar e doaram roupas para que o Brechó do Karatê-dô fosse realizado”, diz a Anderson Gomes um dos idealizadores da iniciativa.
Segundo Luiz Antônio Laudelino Coelho, um dos coordenadores da Associação Hayashi-ha Vital Fraiburgo de Karatê-dô, os R$ 434,00 que correspondem à parte do Karatê-dô obtidos com a comercialização das roupas, assessórios e utensílios no Brechó de ontem, serão investidos na participação de 07 karatecas fraiburguenses no Campeonato Brasileiro de Karatê-dô, que acontecerá em outubro na cidade de São Paulo.
Será necessário investir aproximadamente R$ 11.000,00 (onze mil reais) para garantir a participação dos karatecas fraiburguenses no Campeonato Brasileiro de Karatê-dô, por isso a contribuição da comunidade no brechó foi muito importante. Os interessados/as em apoiar a participação de Fraiburgo neste importante evento, podem fazer contato, com Luiz Coelho, pelos fones (49) 9113 – 2959 e 9952-4410.


Foto e informações: Arquivo da Associação Hayashi-ha Vital Fraiburgo de Karatê-dô

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