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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A Associação Hayashi-ha Vital e Apafec participarão do aniversário do Super Viza com Barraca do Xixo no Disco

O Super Viza completa no mês de setembro, um ano de portas abertas em Fraiburgo! Para comemorar a data foram programadas várias atividades com apresentações culturais, artísticas e barracas com comidas típicas, os festejos acontecem neste sábado dia 19/09. A comissão organizadora do evento abriu espaço para que entidades sociais, educativas e esportivas sem fins lucrativos realizem a venda das comidas típicas. 

A Associação Hayashi-ha Vital Fraiburgo de Karatê-dô e a Apafec (Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular), estarão com a Barraca do Xixo no Disco, que serão servidos  Xixo no Pão por R$ 4,00 e  Xixo no pote por R$ 5,00. As festividades de 01 (um) ano do Super Viza começam as 9h00min e se estenderão até as 20h00min.

Com os valores arrecadados com a venda do Xixo no Disco, os karatecas investirão na contratação de ônibus para participar da Etapa Final do Campeonato Estadual, a ser realizada no dia 07 de novembro em Lontras. A Apafec investirá sua parte na reforma e ampliação do Centro de Educação, Cultura e Arte Popular (CECAP) que vem sendo instalado desde agosto de 2010.

Participe da festa do primeiro aniversário do Super Viza e contribua com o karatê-dô fraiburguense e com a Apafec. Obtenha mais informações da Barraca do Xixo no Disco pelos fones: (0**49) 9113 – 2959 e (0**49) 9931 – 6598.

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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Apafec participará 3º Encontro Panamericano de Jogos Autóctones e Tradicionais em Palmas no Tocantins


Acontece nos dias 23, 24 e 25 de Outubro de 2015, em Palmas no Tocantins o 3º Encontro Panamericano de Jogos e Desportes Autóctones e Tradicionais, o evento é organizado pela Associação Panamericana de Jogos e Esportes Autóctones e Tradicionais (APJDAT), conta com o apoio da Universidade Federal do Tocantins – UFT.

Já está confirmada a participação de pesquisadores sobre jogos e desportes autóctones e tradicionais das seguintes instituições: Universidade do Estado do Pará – UEPA, Universidade Federal de Roraima (UFRR), Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD), Universidade Federal de Pernambuco e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Tocantins.


A Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular (APAFEC) participará do 3º Encontro Panamericano de Jogos e Desportes Autóctones e Tradicionais, representada pelo educador físico Emerson Souza que é um dos fundadores da instituição.

Segundo orientações recebidas da organização do evento, o educador da Apafec, embarca no dia 22/10, as 8h26 no aeroporto internacional Afonso Pena em Curitiba e fará escala em São Paulo (Congonhas) e Brasília (J.Kubitschek) com previsão de chegada em Palmas no Tocantins por volta das 16h30min.       

Confira abaixo a programação do III Encontro Pan-Americano de Jogos e Esportes Autóctones e Tradicionais:
 
O evento terá características de reuniões de trabalho, de troca de informações e de planejamento de ações coletivas em torno dos jogos tradicionais de povos das Américas. No mesmo período e local acontecerão os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Você sabia da existência dos esportes e jogos Autóctones e Tradicionais?Não?

Para saber mais sobre esse tipo de esportes e desportos acesse:


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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Karatecas da Região do Contestado conquistam 44 medalhas em Urussanga


Aconteceu no sábado (12/09), na cidade de Urussanga, o Campeonato Estadual de Karatê-dô – Série “B” – III Etapa, participaram 367 estudantes de 15 associações e ou clubes, representando 16 municípios catarinenses.

Fraiburgo, Lebon Régis e Timbó Grande foram representados por 33 estudantes\karatecas integrantes da Associação Hayashi-ha Vital Fraiburgo de Karatê-dô, que praticam a mais nobre das artes marciais em um dos núcleos do Projeto Karatê-dô Cidadão do Futuro localizados nos três munícipios.

Os karatecas da Região do Contestado fizeram bonito, conquistaram 44 Medalhas, sendo: 05 de ouro, 13 de prata e 26 de bronze, alcançado na classificação geral o quarto lugar na modalidade de Kata e quinto no Shiai-Kumite.

Os investimentos realizados por pais, mães, parceiros e apoiadores foram os seguintes: Transporte (fretamento do ônibus): R$ 2.500,00; Inscrições, anuidades e registros de atletas R$ 2.580,00; Alimentação R$ 1.380,00; Diversos R$ 520,00, totalizando R$ 6.980,00. Parte das despesas foram custeadas com recursos oriundos do 1º Bingão e Pastelada da Solidariedade, à arrecadação líquida da promoção foi de R$ 8.930,06, sendo que 50% desse valor foram destinados a Associação Hayashi-ha Vital Fraiburgo de Karatê-dô.

Luiz Antonio Laudelino Coelho, em nome dos/as karatecas agradece a todos os pais, mães e responsáveis, aos parceiros e apoiadores que de uma forma ou outra contribuíram para a participação no evento.

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Inaugurada em Fraiburgo a Academia de Xadrez Professor Alvino Junior

Soleinidade de inauguração da Acedemia de Xadrez em Fraiburgo
Na ultima sexta-feira (11/09), as 19h00min, aconteceu à inauguração da Academia de Xadrez Professor Alvino Junior. Este será mais um espaço para a prática e ensino de xadrez, que terá como professores Thaís Moraes Zonta e o MF-Mestre Fide Lucas Aguiar.

O nome da Academia é uma homenagem ao professor Alvino, que iniciou o projeto de ensino do xadrez nas escolas em Fraiburgo em 2000, e assim foi o principal incentivador da modalidade no município e contribuindo muito também a nível Regional e Estadual.

Por enquanto os horários de funcionamento da academia são: segunda, quarta e sexta-feira das 08h30min as 11h30min e das 13h30min as 16h30min.

Serão 3 turmas divididas por nível de experiência dos enxadristas\estudantes. "Sabemos que o xadrez Fraiburguense é referencia no estado, e o objetivo da Academia de xadrez é dar mais uma opção de treinamento, contribuindo ainda mais para a evolução da modalidade", comentou a educadora Thaís uma das responsáveis pela academia.

Mais informações podem ser obtidas pelo fone: (0**49) 9927-5488.

Com informações e foto da Fanpage Xadrez Fraiburgo.

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Em marcha, Romeiros recordam Genocídio no Contestado, em Timbó Grande

Em marcha, Romeiros recordam Genocídio no Contestado, em Timbó Grande
O lugar remete ao maior conflito histórico da luta pela terra em Santa Catarina. Mártires como Maria Rosa, Chica Pelega, Monge João Maria e tantos outros\as que morreram pela liberdade do povo foram lembrados durante a 23ª edição da Romaria da Terra e da Água no domingo, dia 13 de setembro, em Timbó Grande\SC. Com o lema: “Redutos de resistência, esperança e encantamento da vida”, mais de 10 mil romeiros caminharam pelo chão de sangue onde caboclos e caboclas foram assassinados brutalmente e covardemente durante a Guerra do Contestado (1912-1916).

Após 100 anos da Guerra Sertaneja do Contestado, as cenas que permanecem vivas na memória do povo que participa da romaria, trazem para a reflexão a contínua concentração de terras no Brasil e no mundo, os conflitos entre povos originários e europeus, a não aceitação da real história de genocídio que refletiu em mudanças significativas na configuração de todo estado catarinense, principalmente, resultou na “limpeza” e “pureza” das áreas até então habitadas por indígenas e caboclos para o início de um desenvolvimento individual, baseado na lucratividade de patrões e exploração da mão de obra barata.

A romaria neste sentido, segundo o Educador Popular, Jilson Souza, faz uma recordação da história do genocídio do Vale de Santa Maria, ou Timbó Grande, o último reduto santo do Contestado. “É necessário fazermos uma reflexão sobre as injustiças que acontecem hoje, mesmo 100 anos após a Guerra Sertaneja do Contestado. A terra do Contestado continua marcada pelo conflito e pela acumulação. A romaria eleva a consciência dos romeiros e romeiras, e pode fortalecer as suas diferentes formas de organização, despertando em todas e todos a sensibilidade humana, o respeito pela vida, o repúdio à opressão e à violência”.

Em marcha, Romeiros recordam Genocídio no Contestado, em Timbó Grande
O Pároco da Igreja Matriz São Miguel Arcanjo, de São Miguel do Oeste\SC, Reneu Zortea, acrescenta que a 23º Romaria da Terra e da Água é elemento integrante de uma igreja CEBs de libertação. “Assumimos essa romaria como sendo algo especial em nossa opção de igreja. Nela participamos tendo como base, a formação junto as comunidades, em preparação a romaria. Por meio da Comissão Pastoral da Terra (CPT), realizamos os seminários da terra em nossa região a fim de resgatar a memória histórica de resistência”.

Zortéa também enfatiza a necessidade da igreja voltar-se aos trabalhos de base e a formação de consciência. “Precisamos atuar na defesa daqueles\as que são excluídos\as da terra. O Contestado está vivo nas nossas vidas e fazer resistência a este acontecimento é também uma opção de fé, do evangelho de Jesus. Sabemos que é um desafio trabalhar nas escolas, na igreja, nas comunidades esse tema. Viemos de uma mentalidade formada dentro de uma ideologia capitalista, onde os pobres estão sendo deixados de lado e o que vale é o grande interesse dos que dominam, exploram. Por isso, a importância de uma aliança campo e cidade, para lutarmos na contramão da história”, enfatiza Zortéa destacando a participação de 60 lideranças da Paróquia São Miguel Arcanjo na Romaria, em Timbó Grande.

Além das lideranças, movimentos e organizações sociais, que participaram da 23º Romaria da Terra e da Água, Jovens da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Pastoral da Juventude Rural (PJR), contribuíram com a equipe de animação da romaria e trouxeram presente, a vida dos caboclos\as, indígenas que vivem as margens, sobrevivendo nas periferias. “Os jovens que contribuíram na animação da romaria, vivem nas favelas de São Miguel do Oeste\SC, carregam o grande desafio de fazer resistência a uma história que nega a sua existência e que massacrou o povo caboclo”, explica Pedro Pinheiro, da equipe de animação.

Em marcha, Romeiros recordam Genocídio no Contestado, em Timbó Grande
A resistência a história do Contestado, segundo o Jovem Paulo Fortes, da PJMP de São Miguel do Oeste\SC, vive em cada bandeira colocada em punho, seja na marcha da romaria, seja nas lutas cotidianas do povo sofrido da roça e da cidade. “Devemos trazer presente essa história na qual querem que a gente esqueça, história na qual um povo foi massacrado, e sem direito algum, sem chance alguma pra se defender. Precisamos sempre fazer memória e trazer presente pois foi por lutar pela mãe terra que muitos tombaram, deram suas vidas. Lutaram contra um sistema que rouba, mata e extermina. Eu carrego sangue caboclo nas veias e quero continuar fazendo resistência a essa história que é minha também”.

Primeira Romaria
O Educador Popular, Jilson Souza, faz uma recordação da primeira Romaria da Terra realizada no dia 14 de setembro de 1986, na Cidade Santa do Taquaruçu (Fraiburgo\SC), com o lema: “Da luta pela terra brota a vida”. Segundo ele, o local foi escolhido por ter concentrado um dos maiores massacres na luta pela terra. “De um lado os latifundiários e o exército e do outro os caboclos e suas lideranças. Estes, durante mais de quatro anos (1912 a 1916), lutaram por um novo céu e uma nova terra, na Guerra do Contestado”, enfatiza Souza lembrando ainda, as frases trazidas pelos romeiros\as com os dizeres: “Senhor teu povo passa fome”, “Terra e vida lutaremos juntos”, “Povo sem terra, povo sem vida”, “Fraiburgo é destaque na agricultura, mas não tem telefone rural”, “Terra não se ganha conquista” e “Pedimos condenação para os crimes que matam os padres e agricultores que lutam pela vida”.

Cerca de 25 mil romeiros\as, 60 padres, 46 celebrantes e seis bispos, trazidos em 321 ônibus, 70 caminhões e 477 veículos pequenos participaram da primeira Romaria. Souza faz um apontamento ainda as pessoas que andaram a pé até o reduto para fazer resistência a memória e vida dos lutadores do Contestado.  

O último Reduto Santo do Contestado
      A 23 º Romaria da Terra e da Água, aconteceu na cidade Santa de Timbó Grande, onde segundo o Educador Popular, Jilson Souza, o espaço é marcado como sendo o último Reduto Santo do Contestado. “Timbó Grande foi vila de Curitibanos e depois passou a ser distrito de Santa Cecília, do qual se emancipou em 26 de abril de 1989 tendo o município sido oficialmente instalado em 1 de Janeiro de 1990”, cita Souza.

Em marcha, Romeiros recordam Genocídio no Contestado, em Timbó Grande
O Vale de Santa Maria atualmente conhecido como Timbó Grande, caracteriza-se conforme Souza, como uma pequena cidade localizada no Planalto Norte Catarinense. “Teve como primeiros habitantes os índios dos grupos Kaigang, Coroados, e os Xokleng, também conhecidos como Botocudos. Esses índios viviam como nômades e moravam em choupanas de pau a pique, cobertas de palha. Ali se alimentavam de caça, pesca e frutos da terra. Hoje, já não existem mais índios no município, seus remanescentes estão aldeados no vale do Itajaí e no Oeste Catarinense”.

Souza salienta ainda que a ocupação da região do Timbó Grande foi feita com a vinda das famílias Alves de Almeida, Castro e Matos. “As famílias pioneiras mencionadas, são diretamente ligadas aos caboclos e caboclas, antes e durante a Guerra Sertaneja do Contestado (termo usado pelo professor Paulo Pinheiro Machado para se contrapor ao termo Guerra do Contestado). Aos índios, índias, caboclos e caboclas juntaram-se os imigrantes que vieram para a região, oriundos do processo colonial que ocorria no estado e, sobremaneira, no planalto de norte catarinense, basicamente italianos, alemães, ucranianos e polacos (política de branqueamento da região promovida pelo governo estadual da época)”, contextualiza.

Em marcha, Romeiros recordam Genocídio no Contestado, em Timbó Grande
O nome do município, segundo Souza, originou-se da existência de grande quantidade de árvore Timbó – Ateleia glazioviana (Leguminosae – Papilionoideae), que, segundo o Instituto Brasileiro de Florestas, é uma árvore caducifólia, com cerca de 5-15 metros de altura e 20 a 30 cm de diâmetro, é moderadamente densa e com casca e alburno, desprende odor forte e desagradável. “A palavra ‘Grande’ foi acrescida ao nome do município, para diferenciar este município do de Timbó, cidade que fica próxima de Blumenau, além disso, devido à grande extensão de terra que forma o território do município com quase 598,473 km², sendo um dos três maiores municípios catarinenses em extensão territorial”.

Outro elemento importante citado pelo Educador, diz respeito a Páscoa do ano de 1915, período marcado, no Vale de Santa Maria, pela fome desesperadora, pelos bombardeios quase ininterruptos do exército brasileiro. Souza, ao citar a data, aponta para uma Páscoa sangrenta, a Páscoa do genocídio. “Os caboclos confinados naquele fundo de vale foram impiedosamente atacados pelo poder militar da ‘república do diabo’ ao longo dos dias e noites da quinta-feira santa, sexta-feira santa, sábado de aleluia, e as tropas de Potyguara, tido, pela historiografia brasileira, como o grande carniceiro do Contestado. Um telegrama avisou ao Brasil, a Santa Catarina e ao Paraná que Santa Maria havia caído, que tudo estava queimado e que havia sido eliminada da região a dita horda de facínoras que pesteavam a paz nos planaltos e vales do Contestado. Venceu a República, pelas bocas dos seus canhões. Em toda a região do Contestado, 80% do efetivo militar da época se fez presente”, recorda.

Em marcha, Romeiros recordam Genocídio no Contestado, em Timbó Grande
Souza cita uma passagem descrita pelo professor Nilson César Fraga, onde ele contextualiza o que ocorreu no Vale de Santa Maria. “Nos registros do Capitão Tertuliano Potyguara nas incursões do exército brasileiro, houve a queima de 902 casas, uma igreja, a morte de 133 caboclos e 22 soldados. Ao fundo do vale, tem-se outros 91 rebeldes e 18 soldados mortos”.

Outras fontes históricas citadas por Souza, mencionam a morte de milhares de crianças, mulheres e homens assinados nos dias 03, 04 e 05 de abril de 1915. “O Reduto de Santa Maria passou por uma ‘queima geral’ e várias famílias caboclas foram calcinados pelo fogo, dentro dos casebres e das mais de uma dezena de igrejas incendiadas”.

Texto: Claudia Weinman

Fotos: Claudia Weinman

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