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quinta-feira, 21 de março de 2019

Vender palavras ou produzir conhecimento?

Por Claudia Weinman, para Desacato.info.
Foto: Claudia Weinman.
A minha primeira experiência no campo da comunicação popular se deu no grupo de jovens da comunidade, na organização da Pastoral da Juventude do Meio Popular e Pastoral da Juventude Rural. Nesse espaço sempre foi possível acompanhar o vozear na linguagem própria do povo. 
A faculdade, a redação, tudo isso surgiu depois. A linha de compreensão já era outra, diferente das telas prontas com textos da VEJA. Por isso n’A Outra Reflexão quero falar sobre duas faces. Como é hoje observar o trabalho em uma cooperativa de comunicação independente e a feita em um meio tradicional.
Trabalhei em um único veículo de comunicação tradicional, indicada pela coordenação do curso já no segundo semestre da faculdade de jornalismo. Fui terceirizada algumas vezes escrevendo para outro comercial, diário dessa vez, para assessoria de prefeitura e tantas outras tarefas que me ocupavam o dia. Muitas vezes usava o dinheiro do trabalho para pagar a aula que eu não podia frequentar, pois tinha que trabalhar na cobertura de interesse de um determinado cliente. Sempre foi assim, perdi mais do que ganhei nesse trabalho.
Escrevi muito. Errei também. Sempre envolvida no tanto de tarefas e o português me abandonava por vezes. No caso, eu o desertava, pois não havia tempo hábil para tanta coisa. “Aprendi”, como se fala, no vocabulário popular: “no grito”, ou, “com gritos”, literalmente. Isso foi terrível.

Disseram-me certa vez:
“Acho que tu está na profissão errada”.
O grande equívoco é pensar que o coração do jornalismo que batia no meu peito estava errado. Na verdade, pulsava e vibra hoje em um compasso diferente da linha comercial, daquele cliente que paga para aparecer, que edita as palavras, a ordem e o fim da página. Pensar que o jornalismo é um negócio, uma coisa para vender e não uma forma de conhecimento, isso sempre me guiou para revolta, até chegar o dia em que paguei para sair.
A palavra “literalmente” aparece de novo, percebem? Pedi grana emprestada e paguei meu pedido de demissão. Desta vez perdi dinheiro, me fez falta, claro. Mas o que ganhei foi um grupo me abraçando e dizendo que o desafio agora era outro. Estava em construir com mais tempo, com maior dedicação um projeto comunicacional junto daqueles e daquelas de quem eu sempre quis falar, escrever, priorizar. Dos que nunca tiveram espaço no comercial, apenas quando pagavam, e entre nós, que ninguém saiba: Mesmo pagando, a ordem era: Dois parágrafos, não mais. A dor dos outros não interessava, não interessa nessa lógica.

“Mas você aprendeu muita coisa lá, que falta de agradecimento”!
Se aprende como um jornalista não deve ser. Nenhum ser humano agradece por ser explorado, por sentir dor no estômago quando o texto que vai vender é sobre o veneno que mata de câncer tantos por dia.
No contraponto, em uma cooperativa de comunicação independente as pessoas aprendem coletivamente, se ajudam, discutem entre si para o melhor, escrevem muito, editam demais, fotografam, gravam vídeos, áudios, fazem cobertura, mas vivem, convivem e se abraçam, brigam, pois tudo pertence a todos e todas com um carinho grande por quem deu início ao projeto. Sabemos que dos passos coletivos se dedica a renda que nos possibilita comer, sair, ler, tomar o chimarrão ou o café no momento que desejarmos. Não é simples, existem reveses, ações que precisam de formação dia a dia. Mas, sobretudo, é o espaço que desejamos estar e que é bom, é nosso, dá certo e nós estamos construindo.
A gente, enquanto cooperativa, não mora junto, em uma casa só. Mas quando acordo de manhã e abro as conversas no telefone, recebo um bom dia de cada uma e cada um. É como sentir o cheiro das pessoas, perceber que um ou outro não está bem naquele dia. Eu não durmo com ninguém da cooperativa, só às vezes, raramente. Mas acordo todos os dias com toda essa gente.

Me preocupa…
Que na conjuntura que estamos vivendo a situação que retratei em linhas anteriores vem piorando e muito. Sinto ver meninos e meninas buscando espaço nos meios de comunicação tradicionais, fazendo três turnos, sem receber dignamente horas extras dos empresários donos dos meios de produção da informação, muitos dos quais, aprenderam na faculdade de jornalismo como vender palavras. E o que fazem? Exploram, pois essa é a lógica do capitalismo. Não existe conciliação de classes, nem patrão que ajuda funcionário, o capitalismo precisa de explorados e exploradores para “dar certo”. Por isso aprovam uma reforma trabalhista e outra, da previdência. O que importa é o lucro e não à vida.
Quem sabe a gente converse mais sobre esse tema em outra coluna. Não se pode ocultar o que fazem esses, que pensam que a gente não pensa, ou que sabem que pensamos, por isso, ocultam, ordenam, impõe.
_____
Claudia Weinman é jornalista, diretora regional da Cooperativa Comunicacional Sul no Extremo Oeste de Santa Catarina. Militante do coletivo da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Pastoral da Juventude Rural (PJR).
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terça-feira, 19 de março de 2019

Paulo Freire é homenageado em escolas e universidades estrangeiras

Paulo Freire - foto de divulgação
Execrado pelo presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores, o nome do educador brasileiro é símbolo de educação em várias partes do mundo.
A Pedagogia do Oprimido é o terceiro texto mais citado nas ciências sociais e humanas, segundo levantamento de Elliot Green, da Escola de Economia de Londres. Pela sua importância, a obra escrita durante o exílio, no Chile, há 50 anos, é considerada pela Unesco como patrimônio da humanidade.
A obra e seu autor, o educador brasileiro Paulo Freire, são reconhecidos no mundo inteiro, sendo ainda referência e objeto de estudo em diversas universidades.
No Brasil, porém, Freire tem sido execrado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seus seguidores. Tanto que em seu programa de governo ele se compromete a "expurgar a pedagogia de Paulo Freire".
No seu entendimento, o rendimento insatisfatório dos estudantes em avaliações internacionais nada têm a ver com a histórica desvalorização da educação, com escolas sucateadas, muitas vezes sem merenda e professores mal pagos, obrigados a lecionar em diversos estabelecimentos.
Tanto que ele não defende mais recursos para a educação. E pretende influenciar estados e municípios na adoção do ensino a distância inclusive para alunos do 5º ano em diante. 
Mal sabe ele que escolas e universidades de diversos países se inspiram nas ideias do educador. Inclusive os Estados Unidos, tão reverenciado por Bolsonaro, que chega ao ponto de bater continência diante da bandeira norte-americana.
Confira algumas universidades e escola que adotam Paulo Freire de base pedagógica no mundo:
Paulo Freire - foto de divulgação 
-Paulo Greire Freddom School – University Campus;
-Escola Livre Paulo Freire, Tucson, Arizona;
-Universidade de Lancashire Central, Lancashire, Reino Unido;
-Universidade do Porto, Porto, Portugal;
-Centro Paulo Freire, Viena, Áustria;
-Cooperação Paulo Freire, Bad Dürkheim, Alemanha;
-Universidade Chapman, Califórnia, Estados Unidos;
-Centro Paulo Freire, Finlândia;
-Universidade de KwaZulu, África do Sul;
-Universidade Paulo Freire, Manágua, Nicarágua.

Por Cida de Oliveira, da RBA.  

Fonte: Apafec
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Atletas do Projeto Cidadão do Karatê-dô/Escolinhas da FME conquistam 47 medalhas em Videira

João, Gustavo e Igor Campeões Kata equipe - foto BED  
Durante a 1ª Etapa do Campeonato Estadual de Karatê-dô – Série “B” 2019, realizada em Videira, no dia 16 de março evento organizado pela prefeitura de Videira com apoio da Federação Catarinense de Karatê (FCK), atletas do Projeto Cidadão do Karatê-dô/Escolinhas da FME com integrantes de Fraiburgo, Lebon Régis e Santa Cecília conquistaram 47 medalhas, das quais 17 de ouro, 12 de prata e 15 de bronze, os êxitos individuais tornaram Fraiburgo vice-campeão geral no Kata.
As 17 (dezessete) medalhas de ouro foram conquistadas por:                      
Ana, Laura e Karine vice-campeãs Kata equipe - foto BED
-Anderson Gomes da Silva 2 (Kata e Kumite Individual);
-Bruna Padilha da Silva (Kata Individual);
-Claudio Ribeiro da Silva (Kumite Individual);
-Debora Cristina Morais de Almeida (Kumite Individual);
-Gabriel Alves de Souza (Kumite Individual);
-Gabriel Vale dos Santos (Kumite Individual);
-Gustavo de Souza Machado (Kata Equipe);
-Igor Anthony França Ribeiro 2 (Kata Individual e Equipe);
-Jhonatan Willian Ventz Funini 2 (Kata e Kumite Individual);
-João Matheus Mergareffo (Kata Equipe);
-Jocimar Subtil (Kata Individual);
-Karine Aparecida França dos Santos 2 (Kata e Kumite Individual);
-Luiz Antonio Laudelino Coelho (Kumite Individual).
As 12 (doze) medalhas de pratas, foram conquistas por:
Jhonatam, Jocemar e Gabriel 3º lugar Kata equipe - foto BED
-Claudio Ribeiro da Silva (Kumite Individual);
-Debora Cristina Morais de Almeida (Kata Individual);
-Felipe Kliger Barboza 2 (Kata Equipe e Kumite Individual);
-Gabriel Vale dos Santos (Kata Equipe);
-Karine Aparecida França dos Santos (Kata Equipe);
-Laura de Paula Alt 2 (Kata Individual e Equipe);
-Maria Cecília Ribeiro Subtil (Kata Equipe);
-Milena Vitoria Gemo de Oliveira (Kata Individual);
-Otavio Camargo de Souza (Kata Individual);
Os 15 (quinze) bronzes foram conquistados por:
Thiago, Felipe e João vice-campeões Kata equipe - foto BED 
-Ana Clara Ribeiro Subtil (Kata Individual);
-Eduarda Alonso Subtil 2 (Kata Equipe e Kumite Individual);
-Gabriel Alves de Souza 2 (Kata Individual e Equipe);
-Gabriel Vale dos Santos (Kata Individual);
-Gustavo de Souza Machado (Kata Individual);
-Jhonatan Willian Ventz Funini (Kata Equipe);
-João Matheus Mergareffo (Kata Individual);
-Jocimar Subtil (Kata Individual);
-Laura de Paula Alt (Kumite Individual);
-Luiz Antonio Laudelino Coelho (Kata Individual);
-Maria Cecília Ribeiro Subtil (Kata Individual);
-Milena Vitoria Gemo de Oliveira (Kata Equipe);
-Stephanie Dias Oliveira (Kata Equipe).
Também participaram representando o Projeto Cidadão do Karatê-dô/Escolinhas da FME: Davi Dalanhol Segala, Guilherme Helt Heffel, Lucas Eduardo Rodrigues de Lima, Matheus Henrique da Silva Lima e Luiz Octávio Ribeiro da Silva.
Entre outras finalidades, o evento tinha como objetivo iniciar a formação da Seleção Catarinense, que disputará o Campeonato Brasileiro em 2020.

Fonte:
Comunicação Karatê-dô fraiburguense
Contato: karatefraiburguense2018@gmail.com
KARATÊ-DÔ 2019: 30 ANOS EM FRAIBURGO!
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Xadrez Fraiburguense é Campeão em Seara com apoio de patrocinadores

Enxadristas Fraiburguense e familiares que estiveram em Seara - Foto ACXF  
No sábado 16 de março, a equipe de Xadrez da Associação Clube de Xadrez Fraiburgo, esteve em Seara para participar da 1º Etapa do 19º Circuito Regional Oeste de Xadrez. A competição contou com a participação de mais de 170 enxadristas de 12 municípios da região.
O Xadrez Fraiburguense foi Campeão Geral, completaram o pódio Concórdia como vice-campeã e Lages em terceiro lugar.
Durante o ano de 2019, estão previstas 9 etapas, todas em cidades diferentes da região Oeste/Meio Oeste.
João Vitor Dalanhol empata com o Mestre Internacional de Concórdia - foto ACXF
Após 2018, representando o município de Lebon Régis, este ano os atletas fraiburguenses voltam a representar Fraiburgo, porém de maneira independente através da Associação Clube de Xadrez Fraiburgo, com apoio dos seguintes patrocinadores: SchumacherTur; Copercon; Frutas Fraiburgo Fossatti; Aço Metais; Dresch Comunicação Design; Loucos Por Obras; Lúcio Automóveis; Superviza Supermercado; Calçados Vical; Rapidão Telepizzas; e Sicredi.

Informações e fotos: Associação Clube de Xadrez Fraiburgo 
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Fraiburgo é Vice Campeão na 1ª Etapa do Campeonato Estadual de Karatê-dô Estadual em Videira

Desfile de abertura - foto BED  
Aconteceu na cidade de Videira, no dia 16 de março, a 1ª Etapa do Campeonato Estadual de Karatê-dô – Série “B” 2019, evento oficial para a formação da Seleção Catarinense, que disputará o Campeonato Brasileiro Classificatório em 2020.
Com disputas acontecidas em 2018, neste ano 21 (vinte e um), estudantes/karatecas de Fraiburgo conquistaram vaga na Seleção Catarinense, mas, devido à falta de recursos financeiros, os mesmos não participarão do Campeonato Brasileiro em 2019, na cidade de São Paulo/SP. 
Em Videira, participaram 325 (trezentos e vinte e cinco), estudantes, representando 23 (vinte e três) entidades de karatecas de 28 (vinte e oito) municípios de todas as regiões catarinenses.
A delegação do Projeto Cidadão do Karatê-dô com integrantes de Fraiburgo, Lebon Régis e Santa Cecília, foi composta por mais de 50 (cinquenta), pessoas, dos quais 27 (vinte e sete) eram atletas, que conquistaram 44 (quarenta e quatro) medalhas, sendo: 17 (dezessete) de ouros, 12 (doze) de pratas e 15 (quinze) de bronzes, sagrando-se vice-campeão no Kata.
Fraiburgo recebendo o troféu de vice campeão - foto BED 
No Kata (simulação da luta) a classificação geral do evento foi definida assim: Campeã Associação Yokohama/Joinville; Vice-Campeão Fraiburgo, 3º Lugar Associação Amaro Dojô/Navegantes; 4º Lugar Associação Videirense/Videira; e 5º Lugar Associação Joinville.
Já no Kumite (luta) a Campeã foi a Associação Ipiranga de Blumenau; Vice-Campeã Associação Cultural de Indaial; 3º Lugar Associação Yokohama/Joinville; 4º Lugar Associação Videirense/Videira; e 5º Lugar Associação Balneário Piçarras.
Também participaram Associação Alto Vale/Rio do Sul; Associação Artes Marciais e Esportiva do Vale/Braço do Norte; Associação Brasileira/Chapecó; Associação Concordiense/Concórdia; Associação Cultural e Esportiva/São Lourenço D´Oeste; Associação Dojô Shotokan/Guaramirim; Associação Howe Dojô/Ibirama; Associação Itaense/Itá; Associação Itoupava Central/Blumenau; Associação Navegantes; Associação Pomerodense/Pomerode; Associação Togni/Timbó; Associação Wado Kan/Florianópolis; e Associação Xanxerê.
Para representar Fraiburgo na 1ª Etapa do Campeonato Estadual de Karatê-dô, o transporte e a alimentação foram custeadas pela Prefeitura Municipal através da Fundação Municipal de Esportes (FME). Nas inscrições e anuidades foram investidos R$ 3.800,00 (três mil e oitocentos reais), em outras despesas o montante aplicado foi de R$ 480,00 (quatrocentos e oitenta reais) totalizando R$ 4.280,00 (quatro mil, duzentos e oitenta reais), oriundos de parceiros e patrocinadores.

Fonte:
Comunicação Karatê-dô fraiburguense
Contato: karatefraiburguense2018@gmail.com
KARATÊ-DÔ 2019: 30 ANOS EM FRAIBURGO!
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