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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Há 07 anos, karatecas aguardam doação de terreno para implantação do Cepen!

Em março de 2013, integrantes da Associação Hayashi-há Vital Fraiburgo de Karatê-dô e representantes de entidades apoiadoras participaram do Programa Bate Bola, da Rádio Fraiburgo, na época comandado pelo comunicador Jonatam Cordeiro, na oportunidade foi lançado o projeto de implantação do Centro Cultural e Esportivo Pablo Henrique do Nascimento, o Cepen.
Ilustração de como será o Cepen - ilustração Frank Delano
Do lançamento público até março de 2020, várias tentativas foram realizadas no sentido de receber compromissos assinados e respostas concretas do poder público local no que se refere a doação de terreno. Pelo menos 08 (oito) encontros foram realizados com membros das administrações municipais que governaram Fraiburgo entre 2013 a 2020.
“Neste tempo [de sete anos] houve ainda uma moção aprovada na Câmara Municipal de Vereadores”, lembra Luiz Antonio Laudelino Coelho, educador marcial e coordenador do Projeto Karatê-dô Cidadão do Futuro e da modalidade de Karatê-dô.
Integrante do Karatê-dô reunião com  atual prefeita novembro de 2017
Foto: Ascom Prefeitura Municipal de Fraiburgo
Apesar da falta de respostas concretas do poder público, Luiz Coelho acredita firmemente na execução do projeto do Centro Cultural e Esportivo Pablo Henrique do Nascimento, essa certeza vem da organização e mobilização daqueles que acreditam e defendem o karate-dô como um exemplo de estímulo a atividades físicas e uma promoção cotidiana do respeito e da educação.

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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Águia de Ouro afronta ignorância e homenageia Paulo Freire no Carnaval de São Paulo

A Águia de Ouro, escola de samba da zona oeste de São Paulo, levantou o Anhembi na madrugada deste domingo 23 de fevereiro, com o samba enredo “O Poder do Saber – Se saber é poder… Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.  A escola lembrou uma das frases mais famosas do educador (“não se pode falar de educação sem amor”) e ainda cantou um “viva Paulo Freire”, numa afronta direta ao bolsonarismo, que decidiu extirpar Paulo Freire da história do Brasil.
O enredo “O Poder do Saber” tem ao seu final a frase “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, da mais famosa música de Geraldo Vandré, que foi como um hino na luta contra a ditadura militar, defendida por Bolsonaro.
Paulo Freire presente na maior festa popular - foto de divulgação
Paulo Freire, reconhecido mundialmente como uma das mais relevantes referências na educação contemporânea, é alvo de uma constante e violenta campanha  de ataques da gestão de Bolsonaro e da extrema-direita, com um sem-número de calúnias e ofensas proferidas quase diariamente há anos.
O desfile representou a história da sabedoria, partindo da Idade da Pedra. Dentre as 26 alas, havia uma nomeada "Saber Respeitar a Diversidade", com componentes cadeirantes, e outra chamada "Partilhar as Riquezas Monetárias", com os integrantes em fantasias douradas e adornadas com cifrões.

Fonte: Brasil 247
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Mangueira leva “Jesus da gente” negro, índio, mulher e crivado de balas para a Sapucaí

Por Plínio Teodoro - Revista Fórum
Um “Jesus da gente” que apanha da polícia, mulher, indígena, foi crivado por balas na cruz e ressuscitou negro em meio à comunidade da favela. Com o enredo “A Verdade vos fará livre”, a Estação Primeira de Mangueira (ou de Nazaré, como é cantado nos versos) mandou recado direto sobre a hipocrisia dos profetas da intolerância que apoiam o governo Jair Bolsonaro.
Os versos que remetem diretamente a Bolsonaro, que falam que “não tem futuro sem partilha, nem messias de arma na mão” foram ignorados por Fátima Bernardes e Alex Escobar na transmissão ao vivo da Globo. Mas, o presidente foi lembrado logo no início do desfile da escola com um sonoro “Eih, Bolsonaro, vai tomar no cu” vindo das arquibancadas.
Logo na Comissão de Frente, a Mangueira trouxe um Jesus indigente, como muitas vezes tratado na Bíblia, acompanhado de “apóstolos” marginalizados, que apanha da polícia e dança funk sobre a mesa da Santa Ceia.
Fotos de divulgação
Na sequência, um Jesus negro como mestre-sala reverência a porta-bandeiras “Mangueira”.
No desfile, várias foram as diretas ao governo Jair Bolsonaro, além dos versos interpretados por uma bateria que tinha à frente a rainha Evelyn Bastos como Jesus mulher, que nas diversas entrevistas que deu indagou sobre como seriam os inúmeros casos de feminicídio se Cristo fosse mulher.
Uma ala da escola fez referência à máxima bolsonarista, um tanto esquecida, de que “bandido bom é bandido morto”. Logo atrás um Cristo crucificado gigante, com ares de menino do morro, é erguido crivado de balas em um carro que mostra ainda a crucificação de mulheres, LGBTs, indígenas e outras minorias.
Para fechar o desfile, a Mangueira ainda ressuscitou Jesus negro com manto verde e rosa ascendendo ao céu no meio da favela.
Sob direção do carnavalesco Leandro Vieira, a Mangueira fez frente ao discurso hipócrita da extrema-direita cristã bolsonarista e mostrou mais uma vez que é na força do samba e na cultura popular onde se encontra a verdadeira resistência, desde os tempos de Nelson Sargento, que representou José negro, ao lado de Alcione, como Maria.
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