Vem Saci, nada de
comer a abóbora que nos empurraram. Cultura Brasileira não é mercadoria pra
gringo nenhum levar. Aqui nós temos o que cultivar, tem folclore Brasileiro que
o capital estrangeiro não ouse explorar. Neste dia 31 de outubro, que o Saci
esteja mais presente, pulando, sorrindo, espalhando a cultura enraizada nesta
terra de gentes diferentes, de cores múltiplas e de pensamentos de
transformação.
Ser Saci é transmitir
o encantamento de uma vida transformada, de uma esperança que não morre, de
diversos seres que na inquietude, andam pelo mundo a fora em busca da
liberdade. Ser Saci é ser rebelde, é ter no peito a indignação constante, de
não se deixar calar pelas tratativas fedidas e partidárias que presenciamos nos
nossos dias de luta. Eu gosto do Saci, quero filhos e filhas ‘sacis’ para que
enfrentem as abóboras lançadas dos que de fora, tentam nos comprar e privatizam
nossas riquezas.
Dia das bruxas até
pode ser, dia 31 de outubro, mas não só. Eu acredito em bruxas, na sua força e
magia, principalmente porque as bruxas são mulheres da luta, que foram
queimadas justamente por denunciar o poder e por curar enfermidades com seus
benzimentos.
Não acredito é no tal
do Hallowenn, que não pertence ao nosso povo, as nossas gentes. Coisa inventada
pelo estrangeiro, para que comemorássemos algo que para nós não tem sentido
nenhum. Não entendo o porquê nas escolas ainda exigem que os estudantes vistam
roupas de bruxas más, de monstros horripilantes. Simplesmente ridículo. É como
rebaixar a educação, transformar nossa cultura em algo sem sentido, que não nos
representa. Gosto mais é dos Sacis, desses que tem força e que brigam feio
quando o assunto é a defesa da sua raiz, da nossa.
Lendo algumas bobagens
sobre o tal do Hallowenn, percebi que em Hollywood, por exemplo, vários filmes,
entre os quais se destaca a série Halloween, a violência plástica e os
assassinatos acabam por criar no espectador um estado de angústia e ansiedade.
Muitos desses filmes, apesar das restrições de exibição, acabam sendo vistos
por crianças, gerando nelas o medo e uma ideia errônea da realidade. Isso é
cultura? É isso que queremos para o nosso país, para a educação?
Considero mais
absurdo ainda, a compra de fantasias e apetrechos para ‘comemorar’ essa data
sem sentido para nós. A mídia impulsiona, o comércio fatura, e nós
automaticamente nos rendemos a uma cultura que não acrescenta em nada o nosso
saber, a nossa luta. Portanto, 31 de outubro é dia do Saci e de todos os nossos
guerreiros\as do folclore Brasileiro.
Texto publicado
originalmente na coluna Oeste de Fato – Por Claudia Weinman.
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