Página Correio Esportes

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Fraiburgo conquista 24 vagas para Seleção Catarinense de Karatê-dô em 2020

Delegação fraiburguense no Estadual em Videira 
Os atletas da Associação Hayashi-há Vital de Karatê-dô/Projeto Cidadão do Futuro/Escolinhas da Fundação Municipal de Esportes (FME), participaram de somente de uma das quatro etapas do Campeonato Estadual de Karatê-dô, mesmo assim, conquistaram um número bom de vagas para representar o Estado de Santa Catarina nas competições nacionais de 2020.
Fraiburgo conquistou 24 (vinte e quatro) vagas para a Seleção Catarinense de Karatê-dô em 2020: com os seguintes estudantes: Anderson Gomes da Silva; Bruna Padilha da Silva; Claudio Ribeiro da Silva; Debora Cristina Morais de Almeida; Eduarda Alonso Subtil; Felipe Kliger Barboza; Gabriel Alves de Souza; Gabriel Vale dos Santos; Igor Anthony França Ribeiro; Jhonatan Willian Ventz Funini; Jocimar Subtil; Karine Aparecida França dos Santos; Laura de Paula Alt; Luiz Antonio Laudelino Coelho; Milena Vitória Gemo de Oliveira; Otavio Camargo de Souza.
Alguns atletas conquistaram vagas no Kumite e no Kata, por isso, são 24 selecionáveis. A filosofia do Karatê-Dô baseada na Disciplina, Educação e Respeito, faz com que conquistas excepcionais como esta, sejam comemoradas pelos/as envolvidos/as no dia-a-dia da modalidade.
“Agradecemos a todos e todas, ao Blog Esportes em Debates, a APAFEC (Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular), pelas parcerias e a divulgação de todas as atividades em que o Projeto Karatê-dô Cidadão do Futuro, participa. Obrigado ainda, ao Shihan Paulo Miguel da Mota Junior e a Sensei Simone Hatsumi Yonamine Mota, que não medem esforços para nos deixar em condições de representar bem o Estilo Hayashi-ha Shito Ryu Kai do Brasil, nos diversos eventos, as felicitações especiais vão para os/as estudantes, mães, pais, avós, responsáveis, torcedores e patrocinados, essa conquista é de todos e todas”, explica Luiz Coelho.
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Estudantes Tangaraenses apresentam Projeto na UFSC em Florianópolis

Tangaraenses na UFSC - foto assessoria Padre Pedro
Os estudantes Anderson Menegão Ceroni e Cauã Cruz, do 9º ano do Centro de Educação Tangaraense Mara Regina Simionatto – CETA, localizado em Tangará/SC, estiveram nesta segunda-feira 25 de novembro, no Departamento de Automação e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Acompanhados da diretora da Escola, Vanice Schizz, e do professor e pesquisador da UFSC, Márcio Nogueira Andrade, eles conheceram a estrutura dos laboratórios e apresentaram seu projeto de ciências, um sistema de irrigação automatizado com base na umidade do solo.
“Conhecemos o trabalho de Cauã e Anderson em setembro, durante o Seminário Meio Ambiente e Sociedade, que realizamos em Salto Veloso. A experiência chamou a atenção pela inventividade e pelas soluções que apresentou. Foi partir do Seminário que o professor Márcio convidou os estudantes para conhecerem a estrutura da UFSC, trocarem experiências e motivarem-se ainda mais a seguir o caminho da pesquisa e do conhecimento”, comenta o Deputado Estadual Pedro Baldissera.
O parlamentar parabeniza aos estudantes, à direção, professores e professoras do Ceta, e mais uma vez nosso agradecimento ao professor Dr. Márcio Nogueira Andrade, ao professor Dr. Luciano Henning e ao professor Dr. Marcos Aurélio Espíndola, pela parceria na realização do ciclo de Seminários Meio Ambiente e Sociedade. Nosso objetivo é, cada vez mais, avançar em debates que aproximem a pesquisa, o conhecimento e a ciência, em todas as comunidades catarinenses.
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Projeto Karatê-dô Cidadão do Futuro recebe doação de materiais

Aconteceu na tarde do dia 14 de novembro, no Dojô Cidadão do Futuro, considerado um dos melhores de Santa Catarina, localizado no São Miguel, uma das sedes do Projeto Karatê-dô Cidadão do Futuro de Karatê-dô, a importante visita da Sra. Fabiane Assunção, representando o Grupo Fischer, para a solenidade de entrega de materiais técnicos.
Karatecas recebem materiais - foto arquivo Karatê-dô
Na oportunidade, os estudantes da mais nobre das artes marciais – o Karatê-dô, recebeu 67 (sessenta e sete) Kimonos.
A parceria com a Fischer S/A. completou 21 (vinte e um) anos, com vários frutos sendo “colhidos” no período, com a inserção de crianças e adolescentes na sociedade fraiburguense.
Participaram estudantes, pais, mães, avós, representantes do CRAS/São Miguel. “A maneira como são conduzidos os estudos/treinos e a qualidade técnica dos/as estudantes, são fundamentais para que a empresa continue apoiando o Karatê-dô”, comentou Fabiane.
Karateca e familiares recebem Kimono  - foto arquivo Karatê-dô
“Agradecemos a empresa Fischer, a Escola Antonio Porto Burda, aos pais, mães e responsáveis dos/as estudantes que não medem esforços para acompanhar as atividades desenvolvidas no Projeto Karatê-dô Cidadão do Futuro”, explicita Luiz Coelho.
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Quilombolas do Campo dos Polí e Movimento Negro Unificado fazem manifestação em Fraiburgo

Manifestantes exigem a imediata demarcação das Terras e assentamento das famílias 
Nesta segunda-feira 25 de novembro, os Quilombolas do Campo dos Polí, com apoio do Movimento Negro Unificado (MNU) realizam manifestação e ocupam área nas margens da SC 452 nas imediações da Curva do Agrião entre Fraiburgo e Monte Carlo.
Conforme o Diário Oficial da União do dia 16 de agosto de 2017, a referida área é reconhecida como uma Área Quilombola, o Campos dos Polí, a informação consta no Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), produzido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
Ainda de acordo com o Diário Oficial da União, o território da Comunidade Quilombola Campos dos Polí tem mais de 500 hectares de terra, parte dele em disputa com uma empresa local que teria desalojado famílias descendentes de Quilombolas. 
Famílias ocupam Área as margens da SC 452 próximo a Curva do Agrião    
Os herdeiros e remanescentes do Quilombo dos Polí, organizados em forma de associação, com a colaboração do MNU Catarinense, exigem do INCRA, a imediata demarcação das Terras Quilombolas e o Assentamento de 30 famílias na área ocupada, pois conforme lideranças da ocupação e do RTID, essa área é de propriedade de seus familiares que no passado foram expulsos delas.
“Para nós, o reconhecimento do INCRA é mais um desafio vencido. É uma luta árdua, mas legítima. É só lutando que a gente consegue, a ocupação busca combater o preconceito ao negro e garantir que as terras possam ser usadas pelas famílias”, declarou uma das lideranças.

Imagens: Rádio Fraiburgo e do MNU
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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

EM DEFESA DA MEMÓRIA, DA JUSTIÇA E DA CIDADANIA DAS POPULAÇÕES DO CONTESTADO

O Grupo de Investigação sobre o Movimento do Contestado, do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPQ, certificado desde janeiro de 2011, integrado por pesquisadoras(es) de 8 Universidades do Sul do Brasil,  vem a público manifestar sua enfática discordância com a decisão proferida no dia 04 de julho de 2019 pela Instância de Governança Regional do Vale do Contestado que, de maneira isolada de seus Municípios, entidades educacionais, Universidades, órgãos legislativos e Instituições de Memória da região, em reunião esvaziada, decidiu por mudar o nome da região turística para Vale dos Imigrantes.
A decisão, que foi justificada em ata como melhor maneira de ”se ver” e de “se vender” a região como roteiro turístico, é absolutamente equivocada por razões econômicas, políticas, sociais e históricas.
Em primeiro lugar é importante se identificar que o nome “Vale do Contestado” é muito mais do que uma demarcação “turística”. Trata-se de uma identidade regional construída em memória ao conflito ocorrido entre 1912 e 1916 neste território que viveu um importante episódio da História Brasileira e Catarinense, com o sacrifício de milhares de homens, mulheres e crianças, principalmente das populações mais pobres e desassistidas deste território: índios, negros, caboclos e imigrantes pobres. A luta por terra, liberdade e dignidade, animada na tradição do monge João Maria, ocupou amplos territórios do meio-oeste e planalto norte, central e sul de Santa Catarina, onde mais de 10 “cidades Santas” se formaram, para construir uma vida com justiça e dignidade. Além de reagir contra a arrogância de Coronéis, empresa madeireira, a multinacional ferroviária e chefes políticos autoritários, os sertanejos procuraram construir uma nova vida. O movimento teve seguimento em outras regiões do sul do Brasil (como o movimento dos indígenas de Pitanga, em 1923 ou o movimento dos Monges Barbudos em Soledade, Rio Grande do Sul, em 1935). A partir dos anos 1980, com o processo de redemocratização da sociedade brasileira, o nome Contestado deixou o silenciamento forçado e passou a homenagear as pessoas que deram suas vidas por um mundo melhor.
Em segundo lugar, se o objetivo é criar uma marca turística regional, nada mais falso do que negar a História local e buscar uma identidade forçada, que exclui setores significativos da população local. Os imigrantes também participaram das “Cidades Santas” no movimento do Contestado, sendo que muitos descendentes de alemães, italianos e poloneses adotaram modos de vida e crenças dos caboclos da região. O primeiro monge João Maria (Giovani Maria Agostini) era um italiano do Piemonte. Portanto, a marca do Contestado, além de possuir uma História local, é inclusiva agregando diferentes grupos étnicos. A oposição ao nome do Contestado parece nascer de um preconceito contra as populações rurais tradicionais mais pobres e a adoção de um modelo europeizado apaga a diversidade existente no território. A opção pelo “Vale dos Imigrantes” é economicamente ineficaz, pois se trata de vender o que não é representativo e de se desvalorizar o que se possui.
Em terceiro lugar, o processo decisório ignorou as populações, as Câmaras Municipais, as Universidades, os Institutos Federais, as entidades da sociedade civil, pesquisadores, imprensa, os Museus e demais Instituições de Memória de toda a região. A decisão não foi precedida por um debate público efetivo sobre a questão. O argumento de que a pauta da Governança foi deliberada com antecedência é absolutamente insuficiente para resolver o déficit de participação social na deliberação. A descrição de que o nome escolhido foi resultado de um tipo específico de “dinâmica” entre os poucos nomes presentes à reunião, representando apenas 20 dos 50 Municípios da Região é inadmissível, uma vez que a representação além de não contar com a participação de todos os municípios atingidos diretamente pela questão, se restringiu unicamente ao setor do Turismo, excluindo todos os demais setores da sociedade o direito de escolha acerca da denominação da região em que vivem, e que os identifica enquanto sujeitos possuidores de memória e de história. Os representantes que deliberaram eram, em sua maioria, secretários e empresários de Turismo, poucos eleitos por suas comunidades. Trata-se de um desrespeito aos mais de 500 mil habitantes deste território. Foi um equívoco político total.
Desta maneira, como amigos e amigas da população do Contestado, profundamente motivados por compromissos de pesquisa e trabalho que envolvem responsabilidade, respeito e cuidado com as populações que estudamos e acompanhamos há muitos anos, nos somamos a outras Instituições, colegas pesquisadores e entidades da sociedade civil, particularmente ao Fórum de Defesa da Civilização e da Cultura Cabocla e exortamos os órgão públicos de Memória Municipais, Estaduais e Federais, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o Governo do Estado, a Fundação Catarinense de Cultura e o Instituto do Patrimônio Histórico da União, o Ministério Público Estadual, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina e, nas palavras do monge João Maria, todos os que “são a favor da Justiça e dos que sofrem”, que seja anulada a decisão de denominação da região e que retorne o nome de “Vale do Contestado” a esta bela e acolhedora região.

Florianópolis, novembro de 2019.
Assinam entidades e indivíduos:

*Grupo de Investigação sobre o Movimento do Contestado – CNPq;
*Associação Nacional de História, ANPUH, Núcleo Santa Catarina;
*Observatório da Região e da Guerra do Contestado – UEL;
*Lab. de Geografia, Território, M. Ambiente e Conflito - GEOTMAC – UEL;
*Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular – APAFEC;
*Biblioteca Comunitária Alisson Zonta, Fraiburgo;
*Conselho de Entidades dos Bairros Nossa Senhora Aparecida e São Miguel, Fraiburgo;
*Escola de Educação e Organização Popular do Contestado;
*Fórum Regional em Defesa da Civilização e Cultura Cabocla;

Prof. Paulo Pinheiro Machado – Depto. de História – UFSC;
Profa. Márcia Janete Espig – Depto. de História – UFPEL , Pelotas;
Prof. Rogério Rosa Rodrigues – Depto. de História – UDESC;
Prof. Delmir José Valentini – Depto. de História – UFFS, Chapecó;
Prof. Alexandre Assis Tomporoski - UnC, Canoinhas;
Prof. Flávio Braune Wiik- Depto. de C. Sociais – Un. Est. Londrina;
Prof. Nilson César Fraga - Geografia - Un. Est. de Londrina;
Prof. Jilson Carlos Souza, Educador e Comunicador Popular, Fraiburgo;
Museóloga Letissia Crestani, Museu do Contestado, Caçador;
Profa. Cristina Dallanora – Doutora em História – UFSC;
Profa. Viviani Poyer  – Universidade Federal Fluminense \ FAPERJ;
Profa. Tânia Welter – Instituto Egon Schaden – São Bonifácio – SC;
Prof. Cleber Duarte Coelho – Depto. de Metodologia de Ensino – UFSC;
Prof. Ancelmo Schörner – UNICENTRO, Irati, Paraná;
Profa. Janaína Neves Maciel – UNIFACVEST, Lages-SC;
Prof. José Carlos Radin – UFFS, Campus Chapecó;
Profa. Alcimara Aparecida Foetsch, UNESPAR, União da Vitória;
Profa. Fernanda Zanotti, Instituto Federal Catarinense, Campus Videira;
Profa. Rita Inês Peixe, IFSC, Campus Itajaí;
Prof. Gabriel Carvalho Kunrath, UFPEL, Pelotas, RS;
Prof. Ricardo Eusébio Valentini, UFRGS, Porto Alegre;
Profa. Natália Ferronato da Silva, UDESC, Prof História;
Prof. Thyago Weingantner de Oliveira Ramos, Rio das Antas;
Prof. Arthur Luiz Peixer, Rio das Antas;
Profa. Karoline Fin, Fraiburgo;
Prof. Matheus Giacomo de Luca, Florianópolis;
Acad. João Felipe Alves de Moraes, UDESC...

Para Assinar: As entidades e indivíduos que quiserem subscrever este documento - que será encaminhado à diferentes autoridades municipais, estaduais e federais – poderão fazê-lo enviando mensagem para o e-mail: centenariocontestado@gmail.com 
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