Finalmente as feridas
de uma comunidade, que sangraram lentamente por quase dois anos, começaram a
ser suturadas ontem. No julgamento pelo
Tribunal do Júri, os Acusados e agora Condenados pela prematura morte de Pablo Henrique
Nascimento, do nosso campeão de karatê-dô, formado na rigorosa disciplina do
karatê-dô (educação disciplina e respeito), terminou com uma condenação com
pena de mais de 18 anos de prisão.
No dia 29 de novembro
de 2011, as encetadas fatais tiraram a vida de Pablo e um pouco da vida de cada
um de nós. O julgamento foi rápido, pois não me lembro de nenhum homicídio, em
Fraiburgo, cujo Júri tenha ocorrido em menos de dois anos do fato e os
assassinos presos antes mesmo do julgamento.
Isto tudo porque a
comunidade do Bairro São Miguel foi mobilizada por lideranças ASSOCIAÇÃO VITAL
FRAIBURGO DE KARATÊ-DÔ e da APAFEC (ASSOCIAÇÃO PAULO FREIRE DE EDUCAÇÃO E
CULTURA POPULAR), que captaram a sede de justiça daqueles moradores. As autoridades, entrincheiradas pela sede de
justiça do povo, alimento vital para toda mobilização justa, sentiram o vicejar
nas veias e nas vozes, das palavras de ordem de uma sociedade de pessoas bem: Queremos Justiça!
O exemplar trabalho
da Polícia Civil, nas mãos dos Delegados de Polícia, na corajosa e insuspeita
Delegada Beatriz Ribas Dias dos Reis, dessa safra nova de cidadãos, investigou
exaustivamente o crime e obtiveram provas inequívocas, seguras, imparciais, a
fim de garantir um julgamento justo.
O crime foi chocante!
Não somente pela preparação, friamente planejada, como pela brutalidade da
execução. Mas, efetivamente, o que mais impressionou foi à torpeza dos
motivos. Tudo isso, angustiou uma
comunidade inteira, todo esse tempo. O choro da mãe que teve seu filho
carinhoso – o mais generoso dos seus filhos, dizia ela – abatido no meio da
rua, depois de ser atropelado pelo veículo e, em seguida, imobilizado por uma
súcia espúria de assassinos, que encetaram-lhe estocadas da lâmina gelada de
uma adaga.
Mas, a Justiça, ainda
não foi feita totalmente. É preciso que o Poder Judiciário entregue a prestação
jurisdicional completa, julgando os outros Acusados. É direito dos acusados ter
um julgamento justo e um direito da sociedade ter um julgamento rápido.
Por isso, é imperiosa
a mobilização de todos nós para que o julgamento dos demais acusados seja
rápido. Façamos nossa parte, exigindo esse julgamento no Facebook, campo de
batalha de muitas lutas e nas ruas espaço legitimo das reivindicações.
Em 29 de novembro de
2011, a morte não levou apenas Pablo. Levou também o irmão, o filho, o amigo
leal, seu inconfundível sorriso e a esperança.
Devolvam nossa
esperança: Agilidade no julgamento dos demais assassinos de Pablo.
Por
Mário Henrique Vicente – Advogado fraiburguense radicado em Florianópolis por motivos
profissionais.
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