Página Correio Esportes

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Comunidades consideram abusivas as exigências para a realização de eventos em Fraiburgo

Foto: Claudia Weinman
Por Claudia Weinman, de Fraiburgo/SC.
Quem vive em Fraiburgo/SC e conhece a realidade das mais de dez mil pessoas que vivem nos bairros São Miguel e Nossa Senhora Aparecida e outros, pode perceber que existe um descaso envolvendo a falta de políticas públicas para atender as demandas das duas mil e duzentas famílias do bairro São Miguel e das 550 do bairro Nossa Senhora Aparecida. 
Uma das atividades que reunia essas pessoas para festejar era a tradicional festa julina, a confraternização que acontecia no sorteio da “Ação Solidária Entre Amigos” e nesse ano em específico, a comemoração dos 25 anos de criação do bairro São Miguel. O sorteio foi feito, com um número reduzido de pessoas, pois as entidades foram proibidas de realizar a tradicional festa que em 2016 reuniu mais de 3000 mil pessoas, segundo as lideranças. 
Além do sorteio, houve a participação do grupo Airumã de Viola de São Miguel do Oeste/SC, do coletivo da Pastoral da Juventude do Meio Popular e Pastoral da Juventude Rural, que contribuiu com a atividade, fazendo apresentação de vários sucessos de viola do cancioneiro popular brasileiro.
O Educador Popular Jilson Carlos Souza disse que foi criado um protocolo de exigências que está inviabilizando as comunidades, não apenas católicas, mas todas elas, de realizarem as suas promoções de mobilização de recursos financeiros, para manter projetos e ações em benefício da população fraiburguense. “O Conselho de Entidades dos bairros Nossa Senhora Aparecida e São Miguel inclusive lançou uma carta de esclarecimento para a sociedade diante do cancelamento de suas atividades já programadas no calendário. As lideranças durante as reuniões realizadas informaram que não são contra o pacote exigido, mas sim, que as exigências são abusivas e foram impostas sem haver antes uma discussão com as comunidades”, explicou.
Dentre as exigências contidas no protocolo, está a contratação de uma equipe médica de prontidão, com ambulância, um médico e enfermeiro, no entanto, em Fraiburgo nenhuma empresa presta esse serviço. Também, a contratação de uma equipe de segurança registrada na Polícia Federal, profissionais esses que não se encontram em Fraiburgo.
Lideranças populares e comunitárias salientam que eventos realizados pela prefeitura de Fraiburgo não cumprem todas as cobranças estabelecidas no protocolo de exigência para as comunidades. “Muitas exigências eles fazem para as comunidades, sem nenhuma discussão, mas quando é o município quem realiza as atividades isso não vale, não é necessário. Porque isso tem que ser assim”?, questionam as lideranças. 

Audiência Pública
Em razão do descontentamento das comunidades, o Pe. Celso Carlos Puttkammer Dos Santos disse que foi encaminhado ao Presidente da Câmara de Vereadores de Fraiburgo um ofício solicitando que seja feita uma audiência pública para discutir o tema. Segundo ele, são mais de 70 organizações e entidades que estão sendo prejudicadas com as medidas do governo, as quais, desejam discutir coletivamente o assunto nessa audiência que ainda não tem data marcada para acontecer. As comunidades aguardam um parecer para participarem da audiência, segundo ele. 

Fonte: Desacato 

Publicidade/BED
Essa Ação Social tem o apoio do BED
Siga o blog nas redes sociais:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.