Militante do coletivo da PJMP-PJR que foi agredida |
A Militante do coletivo da Pastoral da Juventude do
Meio Popular (PJMP) e Pastoral da Juventude Rural (PJR), Maura Letícia Tesser,
foi agredida nesta terça-feira, dia 08, em São Miguel do Oeste/SC, durante a
mobilização do Dia Internacional da Mulher. Maura estava contribuindo com a
equipe de segurança da marcha quando sofreu a agressão.
Os militantes de diversos movimentos populares,
pastorais sociais, Igreja, organizações urbanas e camponesas mencionavam sua
pauta de reivindicações em frente a Caixa Econômica Federal de São Miguel do
Oeste, quando uma pessoa de fora das organizações tentou se infiltrar na
barreira feita por homens e mulheres, do campo e da cidade, que estavam em mobilização
e negociação com os representantes da Caixa Econômica. “A pessoa começou a
empurrar os companheiros e companheiras que estavam fazendo o fechamento da
Caixa Econômica durante o tempo de negociações. Iniciou-se um tumulto e essa
mesma pessoa começou a dar socos para todos os lados. Consegui tirar a pessoa e
empurrá-la para fora. Sofri arranhões no braço e também no rosto”, relatou a
militante.
Companheira da PJMP/PJR foi agredida também no braço com arranhões |
Maura disse ainda que um Boletim de Ocorrência foi
registrado contra ela. “Ele (o homem que a agrediu) registrou um Boletim de
Ocorrência contra mim, como se ele fosse a vítima”, contextualizou Maura,
enfatizando ainda que neste dia 08 de março, embora a pauta das organizações
tenha sido clara nas ruas de São Miguel do Oeste, a violência, a agressão e os
xingamentos praticados por uma parcela da sociedade Migueloestina mostram a
profunda necessidade de mudança. “Estamos reivindicando nas ruas direitos que
servem para estas pessoas também, que são trabalhadoras. Não dá para entender”,
disse ela.
Militante estava contribuindo com a segurança da mobilização quando foi agredida |
O Jovem Leonardo Lucas Vilanova, Militante da Pastoral
da Juventude Rural (PJR), destacou apoio a companheira agredida e salientou que
essa violência faz parte da cultura machista, patriarcal que desenvolve-se a
partir do Capitalismo. “Repudiamos a violência contra a nossa companheira e
também todos os outros tipos de violência que a militância sofre no dia a dia.
Precisamos acabar com essa cultura machista”, reforçou.
Militantes reivindicavam seus direitos no centro da cidade quando aconteceu a agressão |
Da mesma forma, o coletivo da Pastoral da Juventude do
Meio Popular (PJMP), Pastoral da Juventude Rural (PJR), repudia a agressão
contra a companheira Maura Letícia Tesser. Aponta aqui, sua indignação e
repulso contra as atemorizações que este coletivo tem sofrido nos últimos
meses. Ameaças que partem de trabalhadoras e trabalhadores que ainda não se
conscientizaram quanto a necessidade de ocupar as ruas e lutar pelos seus direitos
que historicamente foram conquistados por essas massas populares e agora,
muitos deles estão passando por um processo de retrocesso. A PJMP e PJR de
Santa Catarina, somando-se as mais de mil pessoas que ocuparam as ruas nesta
terça-feira, dia 08 de março, em São Miguel do Oeste, segue vigiante. Lembra a
toda sociedade que as lutas vão continuar, até que companheiros/as forem
ameaçados/as, perseguidos/as.
Por
Claudia Weinman – jornalista popular do coletivo da PJR-PJMP/SC
Fonte:
Portal Desacato
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