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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

O esporte para todos


Quando alguém fala a palavra esporte, a primeira ideia que vem à mente é alguém num pódio, recebendo uma medalha. Atletas que dedicam suas vidas ao treinamento exaustivo e que, num determinado campeonato, certame ou olimpíada garantem seu momento de glória. Mas, se a pessoa resolver caminhar pelas ruas da sua cidade, vai perceber que o esporte tem outra dimensão, que é a do movimento do corpo, em brincadeiras e folguedos, por pura diversão. Um campinho com meninos correndo atrás de uma bola, sem delimitações de campo, sem gol. Só a gritaria e o drible, entre risadas. Ou meninas pulando corda, garotos dando cambalhotas, fazendo manobras radicais com suas bicicletas velhas, voando nos skates. Um vôlei na praia, o dependurar-se nas árvores, a correria do pega-pega. Tudo isso é movimento, é esporte.

Nas grandes cidades esses folguedos estão cada dia mais raros. A vida nos apartamentos, a maneira como o espaço urbano se organiza, tiram das crianças as possibilidades do movimento prazeroso. E é por conta disso que existe a luta cotidiana por parques, jardins e espaços de lazer. Porque é da natureza do humano esse movimentar-se, por puro gosto. Ainda assim, para as administrações públicas, o esporte está sempre ligado ao processo de treinamento e competição. Não é sem razão que as políticas públicas aplicadas ao esporte preocupam-se mais com as construções de ginásios e com a preparação e atletas de rendimento. Raros são os administradores que conseguem ligar o esporte com o lazer e a saúde. Poucos compreendem que um espaço vazio no meio da cidade pode ser um lugar de encontro da molecada para diversos folguedos.

Muitas vezes, contratar um profissional de educação física para coordenar atividades físicas de lazer e brincadeira pode ser muito mais benéfico e eficaz do que a construção de uma arena multiuso. Não que não precisem existir espaços para treino e competição, mas isso não pode ser a única política. A rua é espaço de movimento e nela estão centenas de milhares de crianças esperando por um incentivo. A maioria não está pensando em ser um grande atleta, apenas quer brincar. É fato que para as administrações é muito mais vantajoso qualificar um ou outro campeão, para que quando ele vença as disputas, carregue o nome da cidade ou do estado. Mas, enquanto um se destaca, ficam pelos caminhos milhares de outros, sem qualquer chance de viver sua criancice.

Nesse mês vivemos a iminência de uma eleição presidencial e uma boa olhada nos programas de governo dos candidatos já nos dão alguma ideia de como o esporte é tratado. No geral, as propostas ficam no campo do já existente. Melhorias dos equipamentos públicos, mais incentivo para os atletas, propostas um tanto vagas de incentivo ao esporte e lazer, sem dizer como esse incentivo seria dado. Nenhum deles apresenta uma proposta realmente nova, como a que os profissionais de educação física vêm construindo desde há anos, de valorização das práticas multiculturais, com adoção de políticas claras para atividades de esporte comunitário, que garante participação e diversão para pessoas que não estão interessadas na lógica mercantil que o esporte hoje vivencia. Talvez a construção de espaços públicos onde pessoas de outras idades – não apenas crianças – também possam aprender um jogo, praticar um esporte, com o necessário acompanhamento de um profissional. Escolas públicas de esporte, por exemplo, específicas, com qualidade e gratuitas, capazes de acolher as pessoas com suas habilidades e limitações, dando-lhes a chance de realizar práticas esportivas sem o apelo do evento, da indústria ou da competição. Lugares onde podem sim nascer campeões, mas que também sejam sensíveis aos que simplesmente querem “balançar o esqueleto”, garantindo assim saúde e vida plena.

O centro de referência de Rio Grande
Hoje, na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, cidade que viu nascer o primeiro clube de futebol brasileiro em 1900, existe um projeto que busca essa ideia de esporte como espaço do lúdico, da saúde e da participação política. É o Centro de Referência Esportiva, que, por enquanto, trabalha apenas com crianças e adolescentes, utilizando a metodologia do esporte educacional.  O trabalho é realizado em parceria com a Petrobras, e atua em seis frentes esportivas: futebol, basquete, vôlei, natação, taekwondo e box. Todos esses esportes são ensinados gratuitamente a mais de 600 crianças e adolescentes. A proposta básica é: ensinar as bases técnicas dos esportes, mas sem perder o vínculo com a alegria e a democratização dos jogos populares. Não é por acaso que a atividade mais esperada é o Festival. Nele, as crianças e os adolescentes mostram o que aprenderam, trocam experiências e realizam brincadeiras junto com os pais, parentes e amigos. O esporte vira prática comunitária. Não é um evento feito para vender comida, camisas ou gente. É só a explosão da alegria.

Nesse processo, o compromisso é justamente discutir e praticar novas propostas teóricas, novas metodologias, balizando o trato da educação esportiva de jovens - crianças e adolescentes - moradores de comunidades em situação de empobrecimento econômico e risco social, incorporando práticas esportivas de cunho educacional, solidário e cooperativo, o que permite um olhar alternativo sobre o esporte que, acredita-se, possa se refletir também em todo o processo educacional, seja formal ou não. Juntar esportes clássicos com práticas populares leva o jovem a compreender que aquilo que ele traz como cultura e vivência da rua tem valor. Assim, a cultura popular também aporta significados ao trabalho sistemático, típico da ciência. É outra maneira de olhar.

O projeto é, em si, um grande desafio, mas todos os educadores envolvidos estão seguros de que trabalhada de forma respeitosa, essa parceria entre a técnica e a alegria das ruas, só pode render resultados positivos. O esporte não é apenas uma forma de manter o físico ou disputar competições. Pode ser também espaço de construção de novas práticas que, saídas do movimento corporal, possam se incorporar na vida mesma, na política, na economia, no modo de organizar a existência. Quando abstrações como solidariedade, equidade e cooperação começam a ser vividas na prática, a tendência é uma mudança radical no cotidiano.

E é por isso que o Centro de Referência Esportiva da cidade de Rio Grande aposta também na formação de professores, atuando em parceria com educadores da rede pública de mais nove cidades do estado. A proposta é tornar a prática da educação física nas escolas um espaço real de inclusão das crianças, para que cada uma possa vivenciar a prática esportiva dentro das suas limitações e no seu ritmo.

Escolas de esporte
Mas, essas são propostas pontuais, em lugares pontuais, que precisariam se expandir para todo o país, sem que fosse necessário viver o estresse de buscar recursos, realizar parcerias privadas, participar de editais e coisas assim. Isso deveria ser política pública, compromisso governamental para constituir uma geração de gente saudável, capaz de viver o esporte como prazer e não como um momento de tortura no colégio.

E tudo isso também precisaria ser acompanhado de perto por profissionais capacitados, para que as pessoas pudessem praticar os esportes ou as atividades sem risco. Um exemplo de ação ineficaz é o das “academias” populares que muitos administradores resolveram colocar pelas cidades. É um conjunto de equipamentos para a realização de exercícios físicos que se plantam nos bairros ou nos espaços mais frequentados como parques e jardins. Ali, as pessoas que não têm condições de pagar uma academia de ginástica, supostamente podem se exercitar e ficar em forma, como qualquer cidadão de posses. Digo supostamente porque é uma enganação. Os equipamentos vêm com algumas dicas de como usá-los, mas cada pessoa é uma pessoa. Precisaria de um acompanhamento para ver se está fazendo o movimento correto, usando o peso acertado para sua conformação corporal. E aí, um profissional de educação física é fundamental. Nesse caso, a prefeitura deveria também contratar o educador para acompanhar as práticas comunitárias. Isso sim seria uma bela política pública de atendimento à população, afinal, o que se exercita – com alegria e nos seus limites - frequenta menos o posto de saúde. Mas, do jeito como é feito, o uso inadequado dos equipamentos causa mais problema que vantagem.

Na verdade, essas são medidas cosméticas, que não estão comprometidas com as necessidades da população. As práticas esportivas seguem sendo um divisor de classe. Os que têm dinheiro podem aceder às academias, professores, técnicas, ginásios, complexos esportivos. Os que não têm brincam na rua até que são pegos pela roda de moer que é o trabalho e tudo o que conhecem de esporte é um joguinho de futebol no final de semana para os homens e as estranhas “academias populares” que provocam torções e dores, para as mulheres, quando muito.

Por isso insistimos nas escolas públicas de esporte, espaços públicos onde as pessoas possam vivenciar práticas esportivas de toda ordem, do basquete à peteca, e que possam abrigar crianças, jovens e velhos na alegre e divertida prática de jogos e brincadeiras. Assim sendo, podemos viver num mundo mais sadio. O esporte deve ser uma prática de todos.

Por Elaine Tavares

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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

AGM Marques é campeã no Futebol Suíço de Macieira.


AGM Marques confirmou seu favoritismo ao vencer na partida final o Internacional por 2 a 0, na tarde do ultimo domingo (14/09), em partida que definiu o campeão da 8ª edição do Campeonato Municipal de Futebol Suíço de Macieira.

A partida foi de muita marcação, e por consequência com muitas faltas para ambas às equipes, nem por isso menos eletrizante, pois ambas as equipes tiveram grandes oportunidades, que pararam nas boas atuações dos goleiros Renan e Leomar, do Internacional e AGM Marques respectivamente.

No inicio do segundo tempo Alencar em um belo chute, abriu o placar para o AGM Marques, placar que permaneceu até no final do jogo, quando Jairo Bernardino sacramentou a vitória e dando o titulo do AGM Marques.

Antes da grande final, aconteceu o jogo entre Baixo Santo Antônio e Corinthians, para definir o 3º e 4º colocado. Em partida marcada pelo forte sol, o placar foi de muitos gols, diferentemente do jogo na primeira fase, o placar nesta partida foi de 6 a 3 para o Corinthians.

As três primeiras colocadas do campeonato foram premiadas, com medalhas, troféus e dinheiro, (oriundo das taxas de inscrição). A classificação final ficou assim:

1º Lugar: AGM Marques – Premio em dinheiro R$350,00;














2º Lugar: Internacional – Premio em dinheiro R$200,00;














3º Corinthians – Premio em dinheiro R$100,00;














4º Baixo Santo Antônio;














8º Campeonato Municipal de Futebol Suíço de Macieira em números:
Inicio: 10/08/2014;
Termino: 14/09/2014;
Jogos: 16 Jogos;
Gols Marcados: 71 gols;
Média de Gols: 4,43 gols/partida;
Artilheiro: Neocemar Lazari – 6 gols;
Defesa menos vazada: AGM Marques, Leomar Perovano – 1 gol;
Cartões Amarelos: 26 cartões;
Média de Cartões Amarelos: 1,62 cartão/partida;
Cartões Vermelhos: 00.

Por Paulo Eduardo Gonçalves da Silva – Popular Tico-tico

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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Calado é poeta...






Conhecido por suas declarações complicadas, Pelé (ou o Edson Arantes do Nascimento) ampliou a sua coleção de pérolas na quarta-feira (10/09). Pelé não concordou com a postura de Aranha, que se levantou e protestou contra o racismo que sofreu na Arena Grêmio, há duas semanas, durante um jogo da Copa do Brasil.

O ídolo santista falou durante um evento de um de seus patrocinadores no Rio de Janeiro, uma de suas primeiras aparições públicas após a Copa do Mundo. Pelé disse que o goleiro Aranha “se precipitou” ao brigar com quem o chamou de macaco. Disse que cansou de ser tratado assim e jamais reclamou.

Pois é. Se tivesse reclamado quando era jogador e cumprindo seu papel de cidadão quando entrava em campo, talvez Aranha não fosse maltratado. Incrível como o Pelé consegue ser tão “sem noção” quando abre a boca. 

Realmente o Pelé é um poeta calado, ele é rei do que e de quem mesmo?


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Investir no esporte; economiza dinheiro a ser investido na saúde!


Se os dados OMS, fornecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no site do Conselho Federal de Educação Física (Confef) revelam que para cada dólar investido no esporte, são economizados cerca de três dólares em ações de saúde. 

Por que os candidatos a presidente e a governador não tratam o esporte como deveria ser tratado? E no ultimo pleito eleitoral municipal, como o atual prefeito de sua cidade tratou esse tema?

E quais os investimentos com recursos municipais, a administração publica de seu município caro leitor/leitora o prefeito vem realizado para melhorar o esporte em seu município?


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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Histórias popularescas da administração publica em Fraiburgo!


Há um tempo ouvi de um advogado que já foi presidente de um determinado partido de Fraiburgo, e procurador geral do município em governos anteriores, a seguinte frase: “Na administração publica é assim: Aos amigos, conhecidos, aliados e pessoas que gosto os sabores e doçuras da lei, aos meus inimigos, não aliados e pessoas que não gosto da cara as agruras e dissabores da lei”.

A locução me incomodou muito na época, porém o tempo passou e eu esqueci a dita frase. Nessa semana voltei a lembrar da mesma, pois estou vivenciando uma situação que reflete muito bem esse pensamento, tacanho e pouco republicano do outrora nobre procurador do município de Fraiburgo!  

Porém, o que me fez lembrar a conversa com o referido profissional de direito, já é outra história, que muito em breve contarei!

Fonte imagem:

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