Página Correio Esportes

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

As lições do Futebol de Rua


O potencial educativo do futebol é fantástico. Diariamente milhões de pessoas, de alguma maneira, são influenciadas por ele. Compreendendo a fascinação que o futebol exerce sobre as populações, em vários lugares do mundo educadores se mobilizam para reunir, em torno do futebol, crianças e adolescentes. O objetivo é, além de ensinar o futebol, aproveitá-lo como veículo de educação para tornar a vida dos mais necessitados digna, cidadã, de modo que possam crescer e contribuir na construção de um mundo melhor.

Dos movimentos educacionais ligados ao futebol, o mais mobilizador é o Street Football World, movimento que convida jovens de todo o mundo a praticar Futebol para um mundo melhor.

Atualmente são 101 organizações em 62 países ao redor do mundo. No Brasil esse movimento é representado pela Comunidade de Aprendizagem de Futebol para o Desenvolvimento.

Essa comunidade constitui uma ampla rede de organizações que trabalha com o futebol para o desenvolvimento, reunindo cerca de 30 instituições em todas as regiões brasileiras, mantendo permanentemente conexões, por meios virtuais e presenciais, para compartilhar conhecimentos.

A missão da Comunidade de Aprendizagem é promover o futebol como ferramenta educacional para o desenvolvimento pessoal e a transformação social. A visão da Comunidade é ser referência como coletivo de organizações capazes de socializar experiências com o futebol educacional, otimizando práticas, potencializando conquistas e incidindo em políticas públicas.

Entre os dias 8 e 11 de outubro, representantes dos vários trabalhos de futebol educacional ligados à rede Comunidade de Aprendizagem reuniram-se em Fortaleza para compartilhar suas experiências. Os relatos apresentados constituem modelos da força mobilizadora do futebol entre crianças e jovens e seu potencial para educar para um mundo melhor.


As práticas do Street Football World, cuja madrinha é a jogadora Marta, são chamadas, no Brasil, de Futebol 3, ou Futebol de Rua.

É uma maneira diferente de vivenciar uma partida de futebol; os participantes jogam em times mistos e não há árbitro, mas um mediador.

O jogo é desenvolvido em três tempos: no primeiro tempo os jogadores se reúnem e fazem os acordos que deverão ser seguidos durante a partida. No segundo tempo realizam o jogo propriamente dito; no terceiro tempo novamente se reúnem para avaliar a partida. Os tempos gastos em cada um desses tempos pode variar de partida para partida. No Futebol 3 os jovens são os protagonistas principais do jogo.

Uma das ideias centrais é fazer com que o Futebol 3 seja inclusivo e desenvolva valores éticos importantes para uma vida mais justa, mais digna e cidadã. Que os praticantes levem, do campo de futebol, conhecimentos para suas vidas fora do campo.


Por João Batista Freire, professor Livre Docente aposentado da Unicamp, além de ter trabalhado na USP e na Universidade Federal da Paraíba e na Universidade Estadual de Santa Catarina, e autor de diversos livros sobre Educação Física e Esporte.

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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Não terá coluna este final de semana!


Comunicamos que por solicitação do setor de diagramação do Jornal a Coluna, este final de semana não será publicada a Coluna Esportes em Debate! Confira o comunicado recebido: “Comunicamos que vamos precisar da sua página inteira. Então não é necessário encaminhar sua coluna para a edição neste final de semana. Para a próxima semana continua normal”. Grato setor de diagramação.


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Fundação Municipal de Esportes ilegal!? E no município em que vives? Qual a lei das Fundações publicas?

Nos próximos dias o Blog e a Coluna Esportes em Debate trarão informações sobre este assunto!


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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Abrigo de ônibus sendo concluído no bairro São Miguel, depois de pressão popular!


Fiz o comentário abaixo no dia (20/09) em uma postagem sobre abrigos de ônibus no bairro São Miguel em Fraiburgo, em uma rede social virtual:

“Penso que ao invés de substituírem mal os abrigos de ônibus existentes (como o da foto a esquerda que ilustra a postagem no link acima), a municipalidade deveria se preocupar em construir novos abrigos para proteger os passageiros nas paradas de ônibus! Explico-me! Um exemplo é a própria av. Michelli Simonetti, local onde foi registrada a foto acima! Próximo ao posto de saúde do bairro São Miguel, tem um ponto de ônibus sem abrigo. Perguntas que não querem calar: Porque destruir um abrigo que existia, se na mesma avenida tem um ponto de ônibus sem abrigo? Isso não é desperdiçar dinheiro publico? Com a palavra os “iluminados” que tiveram a “brilhante” ideia de promover a substituição fotografada!”.

Para minha surpresa, dias depois do comentário começou a ser construindo um abrigo no local onde citei na av. Michelli Simonetti no bairro São Miguel e o mesmo já encontrasse em fase de conclusão, quero parabenizar a administração municipal pela iniciativa.

Porém não posso deixar de perguntar: Já havia um planejamento para executar a obra, ou foi à pressão popular feita por uma rede social virtual que surtiu efeito?


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Esporte e política... Eleições 2014!


Sempre ouvimos a frase: “Meu negócio não é política. Gosto mesmo é de esporte em especial o futebol!” A dita frase inevitavelmente remete-me a poesia do Bertold Brecht, O Analfabeto Político. Evidente que a frase supracitada não tem a mesma força do “eu odeio política”, tão comumente ouvida e a qual o Brecht faz a crítica, mas não deixa de ser uma posição analfabeta sobre o quanto a política interfere no esporte e em outros aspectos de nossa vida cotidiana. 

Exemplos da relação entre esporte e política não faltam na história. O mais famoso data de 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, quando Adolfo Hitler queria demonstrar a superioridade da raça ariana através do esporte. No seu livro Sociologia e Educação Física de Maurício Murad, são apresentados exemplos explícitos de dominação da política e do aproveitamento ideológico dos esportes, entres os quais os campeonatos mundiais de futebol de 1934, na Itália, e de 1938, na França e o já citado Jogos Olímpicos de Berlim.

Foi grande o número de esportistas que se candidataram nas ultimas eleições a cargos como senador, deputado estadual e federal, alguns alcançaram êxito e outros não, entre quais: 
Romário, que já deputado federal do PSB foi eleito senador pelo Rio de Janeiro com 4,6 milhões de votos.  
Danrlei, ex-goleiro do Grêmio ficou entre os candidatos a deputado federal com mais votos no Rio Grande do Sul, obteve 158.520 votos e foi reeleito. 
Roberto Dinamite, o ex-jogador e atual presidente do Vasco conquistou 9.452 votos para deputado estadual no Rio de Janeiro. Ele não conseguiu ser eleito.  
Bebeto, que usou o nome Bebeto Tetra, o ex-atacante da seleção brasileira foi votado por 61.079 eleitores. Ele foi eleito deputado estadual pelo partido Solidariedade. 
Jardel, ex-camisa 9 do Grêmio teve 41.227 votos no Rio Grande do Sul e conseguiu ser eleito deputado estadual. 
Bobô, ou Raimundo Tavares, o ex-jogador do Fluminense, São Paulo, Corinthians e Bahia, teve 25.892 votos para deputado estadual na Bahia. 
Washington Coração Valente,  o ex-centroavante do Atlético-PR, Grêmio, Ponte Preta, Fluminense e São Paulo, entre outros, Washington Stecanela Cerqueira, disputou cargo de deputado federal pelo PDT do Rio Grande do Sul. Obteve 33.492 votos, mas não conseguiu se eleger.

Querendo ou não os números citados, comprovam uma relação direta entre esporte e política!



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