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terça-feira, 17 de junho de 2014

O menino e a bola

O menino e a bola amor eterno.
A poucos dias de iniciada a copa do mundo quis fugir desse assunto, pois quem acompanha minha coluna e o blog sabe que explorei bastante o tema, sobre tudo o outro lado da copa. Porém queria falar de futebol e por isso resolvi publicar parte de uma reflexão que não é minha.  A primeira grande paixão de um menino é a bola. É impressionante o fascínio que esse ser esférico, cheio de manias e vontades exerce sobre os meninos.

Alguns são abalados ou afetados pela pelota de couro, ainda muito cedo iniciam essa relação logo após os primeiros passos. Para outros a coisa acontece mais tarde. Mas sem duvida todo menino, aqui no Brasil pelo menos, quem teve ou terá uma infância sadia, vai ter uma relação de no mínimo admiração pela bola.

A Bola é ser caprichoso, como já disse, cheia de manias. Foi lá no campinho de terra que descobri que nem todos serão agraciados com o dom de ter o amor correspondido pela bola. É isso que difere os craques de nós reles mortais. Nos pés deles a bola corre solta, tranquila, macia, seguindo cada comando do craque. Com uma perna de pau como eu, não. A bola é impiedosa bate na canela, sai pra fora...

Não era preciso muito para acontecer o espetáculo, se jogava descalço no máximo com um kichute (um tênis preto com garras de borracha que os meninos usavam para tudo desde jogar bola até ir na missa). Uniforme? Nada. Quem levava o primeiro gol tirava a camisa e fim de papo. As traves podiam ser qualquer coisa desde chinelos até troncos de arvore. Não precisávamos da supervisão de um adulto, se definia as regras e a pelota rolava. O surpreendente dessa relação que mesmo não correspondido pela bola alguns insistem nesse amor.

Tem aqueles que negam essa paixão e vão tentar a sorte em outro esporte. Tudo isso para lembrar a vocês que por mais que exista a violência, por mais que exista horário eleitoral, por mais que praticamente não existam mais espaços de lazer nas cidades, por mais trágico seja o cenário em que vivemos, enquanto houver um menino feliz correndo atrás da sua bola, ainda existe esperança.

Essa linhas foram escritas pelo educador físico Emerson Souza em 7 de setembro de 2012, em tempos de copa do mundo, elas podem nos levarem a refletir sobre o verdadeiro papel do futebol em nossas vidas.

Leia o artigo completo clicando no link abaixo:


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