O menino e a bola amor eterno. |
A poucos dias de
iniciada a copa do mundo quis fugir desse assunto, pois quem acompanha minha
coluna e o blog sabe que explorei bastante o tema, sobre tudo o outro lado da
copa. Porém queria falar de futebol e por isso resolvi publicar parte de uma
reflexão que não é minha. A primeira
grande paixão de um menino é a bola. É impressionante o fascínio que esse ser
esférico, cheio de manias e vontades exerce sobre os meninos.
Alguns são abalados
ou afetados pela pelota de couro, ainda muito cedo iniciam essa relação logo
após os primeiros passos. Para outros a coisa acontece mais tarde. Mas sem
duvida todo menino, aqui no Brasil pelo menos, quem teve ou terá uma infância
sadia, vai ter uma relação de no mínimo admiração pela bola.
A Bola é ser
caprichoso, como já disse, cheia de manias. Foi lá no campinho de terra que
descobri que nem todos serão agraciados com o dom de ter o amor correspondido
pela bola. É isso que difere os craques de nós reles mortais. Nos pés deles a
bola corre solta, tranquila, macia, seguindo cada comando do craque. Com uma
perna de pau como eu, não. A bola é impiedosa bate na canela, sai pra fora...
Não era preciso muito
para acontecer o espetáculo, se jogava descalço no máximo com um kichute (um
tênis preto com garras de borracha que os meninos usavam para tudo desde jogar
bola até ir na missa). Uniforme? Nada. Quem levava o primeiro gol tirava a
camisa e fim de papo. As traves podiam ser qualquer coisa desde chinelos até
troncos de arvore. Não precisávamos da supervisão de um adulto, se definia as
regras e a pelota rolava. O surpreendente dessa relação que mesmo não
correspondido pela bola alguns insistem nesse amor.
Tem aqueles que negam
essa paixão e vão tentar a sorte em outro esporte. Tudo isso para lembrar a
vocês que por mais que exista a violência, por mais que exista horário
eleitoral, por mais que praticamente não existam mais espaços de lazer nas
cidades, por mais trágico seja o cenário em que vivemos, enquanto houver um menino
feliz correndo atrás da sua bola, ainda existe esperança.
Essa linhas foram
escritas pelo educador físico Emerson Souza em 7 de setembro de 2012, em tempos
de copa do mundo, elas podem nos levarem a refletir sobre o verdadeiro papel do
futebol em nossas vidas.
Leia o artigo
completo clicando no link abaixo:
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