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quarta-feira, 27 de maio de 2020

Câmara aprova auxílio emergencial de R$ 3 bilhões à cultura

Imagem de divulgação 

Os trabalhadores da cultura, praticamente o primeiro setor a parar completamente devido à crise do novo coronavírus, passaram a enxergar ontem 26 de maio, na Câmara dos Deputados uma luz com a aprovação do Projeto de Lei (PL 1.075) que estabelece ações emergenciais para lhes socorrer neste período de suspensão das atividades.

A proposição inicial foi da deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e se ancorou em três vertentes: renda básica, assistência aos equipamentos culturais e editais. Com a aprovação do Substitutivo da relatora Jandira Feghali (PCdoB-RJ) serão destinados R$ 3 bilhões para ações emergenciais no setor cultural.

O PL, elaborado em parceria com outros 23 parlamentares, garante três parcelas de R$ 600,00 para trabalhadores informais da cultura com baixa renda e um subsídio que pode variar, a critérios dos estados, de R$ 3 mil a R$ 10 mil para a manutenção de espaços culturais. Em contrapartida os espaços auxiliados deverão a realizar eventos mensais para estudantes da rede pública por um ano após a retomada das atividades de cada local.

O texto, que agora vai para o Senado, tem ainda a proposta de se chamar Lei Aldir Blanc, uma homenagem ao compositor vitimado pela Covid-19 e que não recebeu as devidas homenagens do Governo Federal.

 

A atividade emprega 5 milhões de pessoas

Para políticos e integrantes da classe artística, foi mais uma demonstração do protagonismo do parlamento no meio da inoperância do Governo Federal diante de uma atividade econômica que movimenta mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e emprega cerca de 5 milhões de pessoas, mais de 5% da mão de obra nacional.

O fato é agravado porque a maioria desses trabalhadores exercem seu ofício de forma autônoma e são dependentes de trabalhos sazonais sem direitos trabalhistas. Muitos não conseguiram aderir ao Auxílio Emergencial do Governo Federal, inicialmente uma proposta de R$ 200 que evoluiu para R$ 600 devido também a intervenção do Congresso.

Segundo a deputada Benedita da Silva, diante da calamidade, existem artistas, produtores, atores e empreendedores individuais passando necessidade. Muitos, conforme registra, ainda dependendo de doações de cestas básicas. “É justo que eles também tenham essa renda básica emergencial”, diz. Benedita ainda ressalta que, se o setor cultural foi o primeiro a paralisar diante da pandemia, a tendência aponta que “será um dos últimos a voltar”.

Por Marcelo Menna Barreto.

Fonte: Desacato.info

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