Criado para aliviar
a perda de renda da população afetada pela crise econômica gerada pela
Covid-19, o auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras)
poderá ser mantido após o fim da pandemia. A afirmação é do secretário especial
de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos
da Costa, que participou nesta segunda-feira 11 de maio, de transmissão ao vivo
promovida pelo banco BTG Pactual.
Segundo Costa, o
governo discute se o auxílio emergencial e outras medidas de socorro deverão
durar os três meses inicialmente planejados ou se deverão ser desmontadas
gradualmente, num processo de transição para um novo modelo econômico. “Não
podemos virar a chave e desligar tudo de uma hora para outra”, disse,
referindo-se à possibilidade de manutenção do benefício no segundo semestre
deste ano.
Foto de divulgação |
Na avaliação do
secretário, o auxílio emergencial é “extremamente liberal”, nos moldes do
Imposto de Renda negativo, em que pessoas abaixo de determinado nível de renda
recebem pagamentos suplementares do governo em vez de pagarem impostos.
Caso o benefício
permaneça, Costa disse que o governo terá de estudar uma forma de financiá-lo e
de mantê-lo. Segundo ele, o governo pode desmontar o auxílio emergencial
gradualmente, conforme as medidas de recuperação econômica ou as reformas
estruturais prometidas pelo governo antes de a pandemia entrar em vigor.
O secretário
ressaltou que a equipe econômica não estuda somente a continuidade do auxílio
emergencial, mas de outras ações tomadas pelo governo. “Talvez alguns programas
tenham vindo para ficar”, disse. Ele, no entanto, não detalhou quais programas
poderiam permanecer além do benefício de R$ 600,00.
Costa indicou que
medidas de apoio e de desoneração das empresas possam ser mantidas. Para ele, o
“novo normal” da economia brasileira será um cenário com “menos ônus” sobre os
empregadores.
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