Estudo aponta ganho de performance após
alguns dias correndo sob temperaturas mais elevadas
Com a chegada do verão, os treinos ao ar livre começam
a ficar mais difíceis. O calor acaba aumentando o cansaço e, por isso, muita
gente opta por horários alternativos para os exercícios mais cedo ou mais tarde
do que o normal ou aposta na academia para manter a forma.
Um novo estudo, desenvolvido por especialistas do
Hospital Aspetar, no Catar e publicado no periódico científico Scandinavian
Journal of Medicine and Science in Sports, traz um ponto de vista positivo
sobre atividades físicas em dias mais quentes.
De acordo com os pesquisadores, duas corridas por
semana no calor são suficientes para aumentar o volume de plasma no sangue, o
que resulta na melhora do desempenho. Para uma adaptação completa, no entanto,
é preciso algum tempo nessa rotina e o verão é a época ideal para fazer isso.
Logo nos primeiros treinos, os cientistas indicam que
a temperatura do corpo na região do coração cai um indício de aclimatação. Com
o passar das semanas, o suor diminui e o preparo físico para encarar o calor
melhora. Isso representa que, para voltar a se cansar tanto quanto nos
primeiros dias, será preciso correr mais.
O volume de plasma atinge um platô após duas semanas.
Para os pesquisadores, isso ocorre a partir do momento em que o corpo se adapta
às mudanças climáticas. Correr por uma hora, em um determinado ritmo e uma
temperatura padrão, no início, é algo estressante para o organismo, mas ele
acaba se acostumando.
A solução para manter o volume de plasma sempre
elevado, segundo os cientistas, é tentar manter a temperatura do corpo sempre
um grau mais alto do que a média básica. Ou seja, independentemente do calor
externo ou da velocidade imposta durante o treino, o caminho é tentar controlar
a temperatura corporal.
É claro que você não encontrará ninguém correndo com
um termômetro nas axilas. Por isso, a sugestão dos autores do estudo é que você
mantenha uma frequência cardíaca durante o treino. Dessa forma, vai perceber
que consegue correr mais rápido mesmo mantendo uma mesma quantidade de
batimentos por minuto (BPM).
Por:
Olavo Guerra - São Paulo
Fonte:
Portal Sua Corrida
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