Em meio a tantas faixas, uma em
particular chamou a atenção dos brasileiros nestes últimos dias de manifestações
pelo país. Trata-se de um dizer perdido em meio à multidão: “Basta de Paulo
Freire”. “Educador popular, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações
de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo,
sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e
forçado ao exílio. O educador apresentou uma síntese inovadora das mais
importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o
existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o
materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o
ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos
e militantes políticos.
Freire recebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador dos
Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992)”.
São tantos os clamores que se fazem pela
qualidade na educação hoje, ao mesmo tempo que foram tantos os avanços
conquistados pela presença histórica de Paulo Freire e seu modo de ensinar.
Partindo da realidade dos empobrecidos e compreendendo a realidade de cada
um\a, Freire construiu formas de fazer com que as pessoas lessem o mundo, como
bem dizia, para além das letras. Falar na contribuição de Freire para a
educação brasileira é complexo demais e precisaríamos páginas e mais páginas
para destacar o quanto o nome PAULO FREIRE ainda segue tão presente na nossa
vida.
Se bem recordamos, no ano de 2012, a
presidenta Dilma Rousseff declarou Paulo Freire o Patrono da educação
brasileira, pela quebra de muitos paradigmas feitos por ele, na educação,
principalmente no que se refere a educação bancária e domesticadora aplicada em
muitas escolas ainda. Basta conhecer um pouco de Freire, para entender a sua contribuição
nas nossas vidas e a sua tarefa humana, muito bem cumprida. De repente, nos
deparamos com uma faixa pedindo um basta a Paulo Freire.
Gadotti destaca num texto escrito por Bruno
Pavan, e que se refere ao ódio escancarado nas manifestações “que, muitas
vezes, esse discurso vem de quem também foi beneficiado por programas sociais,
como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Financiamento Estudantil
(Fies). Ele lamenta que parte dessas pessoas, incluídas no ensino superior,
tenha recebido uma educação domesticadora, e não conscientizadora”.
Paulo Freire será sempre uma referência
para a educação brasileira, para a formação política, educadora, humana de
todos\as nós! Paulo Freire Vive! Presente! Presente! Presente!
Por Claudia Weinman
Tomado da Coluna Oeste de Fato,
publicada Jornal Expresso d' Oeste de Palmitos\SC.
Foto: Reprodução
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