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sábado, 12 de março de 2016

Supere o Medo de “Bater no Muro” na Maratona

A preparação para completar uma maratona começa meses antes do dia da prova. Além de uma certa experiência no esporte, é fundamental que o atleta treine bastante. Mas mesmo com toda a preparação, alguns corredores colocam sobre si mesmos uma pressão enorme para encarar a distância, o que acaba levando muitos atletas a “bater no muro”, gíria utilizada para definir a sensação de cansaço extremo geralmente sentida por volta do quilômetro 30, e que pode levar à desistência.
Para evitar o problema, o acompanhamento psicológico tem papel fundamental. “O trabalho de adaptação física e mental para encarar uma disputa tão dura deve fazer parte do treinamento”, diz o psicólogo esportivo Maurício Pinto Marques.
Assim como para as distâncias percorridas, o trabalho mental deve ser realizado de maneira progressiva. “A maioria dos atletas que quebram antes do fim do percurso de uma maratona já correram 42 km (ou algo próximo a isso) em algum treino. Ou seja, não se trata de uma limitação física, e sim um desgaste mental durante a prova, que esgota o corredor antes da hora.”

Intensificando o trabalho psicológico
“O ideal é trabalhar com metas de curto, médio e longo prazo, que influenciam diretamente na motivação do corredor e, principalmente, na forma como ele se comporta nos treinos e provas menores”, comenta Maurício. Ele propõe um exercício para ajudar: colocar no papel esses objetivos que devem ser concretos, mensuráveis e com prazo de validade. Deixe a anotação em algum lugar visível e, sempre que possível, releia-a como uma forma de afirmar aonde quer chegar.

O muro me derrubou. O que fazer?
Se você ficou traumatizado por não ter conseguido completar uma maratona, o psicólogo tem uma sugestão: mais foco no seu potencial e na meta que deseja atingir. “A recuperação se dá com a retomada dos treinos e a intensificação da preparação mental”, explica. “Quebrar uma vez quer dizer que você não conseguiu naquele dia, mas não é uma sentença de morte atlética.” Cultivar crenças limitantes como imaginar que nunca vai conseguir completar os 42 km pode acabar trazendo dúvidas, ansiedade, tensão muscular, uso incorreto da respiração e, novamente, a quebra.
“Diante do ‘muro’, parar é sempre uma opção”, defende Maurício. “Mas o auto diálogo positivo, em conjunto com otimismo e confiança na sua preparação e capacidade para concluir o percurso, podem ajudar muito.” Dica final do especialista: separar a corrida em vários pequenos trechos ou conquistas e desfrutar o caminho é uma saída para chegar até o fim da maratona.

Por: Olavo Guerra – São Paulo

Fonte: Portal Sua Corrida

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